Audiência debate fomento do Turismo Inclusivo em Alagoas

por Comunicação/ALE publicado 21/08/2017 17h55, última modificação 21/08/2017 17h57

Visando fomentar o turismo inclusivo no Estado de Alagoas, a Assembleia Legislativa realizou nesta segunda-feira, 21, uma audiência pública para debater as questões relacionadas à acessibilidade urbanística, arquitetônica e de serviços nas áreas turísticas de Maceió e dos principais destinos de Alagoas. Requerida pelo deputado Leo Loureiro (PPL), a audiência contou com a participação do ministro do Turismo, Marx Beltrão, da deputada federal Rosinha Cavalcante (Avante), do deputado Gilvan Barros Filho (PSDB) e do superintendente de Turismo da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), Paulo Kugelmas.

“Essa audiência serviu para entendermos toda essa problemática, saber onde estão nossos turistas com deficiência, buscar melhorias na infraestrutura do Estado, visando movimentar o mercado e evoluir na questão econômica, na geração de emprego e renda”, informou Leo Loureiro. “Nós sabemos que o Sul e o Sudeste são mais evoluídos nessa questão do turismo inclusivo, o Nordeste precisa desenvolver nesse sentido”, declarou o parlamentar.

O ministro do Turismo, Marx Beltrão, parabenizou a iniciativa do Parlamento alagoano e observou que quando se fala no turismo, a questão da acessibilidade é uma preocupação urgente. “O turismo acessível é um direito da população e é preciso que todos tenham essa visão”, disse Beltrão. “Nós, através do Ministério do Turismo, estamos incentivando todos os empresários que são ligados ao turismo para fazer acessibilidade nos hotéis, pousadas, restaurantes, em todos os segmentos que movimentam a cadeia do turismo”, prosseguiu o ministro.

Marx Beltrão disse ainda que o Governo Federal apoia todos os projetos que tratem sobre a acessibilidade. Ele contou o Ministério do Turismo vem realizando diversas obras em todo o País, no entanto, em Alagoas, não existe nenhum projeto para acessibilidade em convênio com a pasta que gerencia. “Temos aqui praias belíssimas. Empenhamos recursos para fazer a urbanização do Parque da Salsa, urbanização da Praia da Sereia, da Praia do Francês, da Praia do Gunga, mas nenhum para acessibilidade”, lamentou o ministro, chamando a atenção do trade turístico do Estado.

O superintendente da Sedetur, Paulo Kugelmas, destacou a importância do debate e reconheceu que ainda há muito o que se fazer pelo turismo no Estado. “A inclusão social está dentro de nossos planos. Com certeza hoje o turismo inclusivo está em crescimento. É um mercado que precisa ser trabalhado”, disse o representante da Sedetur, informando que, atualmente, a pasta tem realizado um trabalho voltado diretamente para os prestadores de serviços, a exemplo de hotéis, bares e restaurantes.

Representando a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Maceió, a psicóloga Fabiana Lisboa avaliou os debates em torno do turismo inclusivo como um grande ganho para a população com deficiência. “Discutir turismo, a acessibilidade de um modo geral, favorece que essas pessoas entendam que tem direito, como qualquer outra, de poder ir à praia, ir a um restaurante e ter lá um cardápio em braile, por exemplo, algo que para nós é tão simples, mas que para eles fazem muita diferença”, disse Lisboa.

Os debates contaram ainda com a presença do prefeito de Paulo Jacinto, Marcos Lisboa – representando a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), do superintendente da Infarero, Adilson Pereira da Silva, além de representantes de entidades e de segmentos da pessoa com deficiência e do Sebrae.