Reunião debate aumento dos casos de microcefalia e a questão da educação e saúde dentro do PEE

por Comunicação/ALE publicado 10/12/2015 16h50, última modificação 10/12/2015 16h53

Pela similaridade dos temas, a Comissão de Educação, Saúde, Cultura e Turismo da Assembleia Legislativa, que debate o Plano Estadual de Educação (PEE) realizou, nesta quinta-feira, 10, uma audiência pública para discutir o aumento dos casos de microcefalia no Estado de Alagoas e a questão da educação e saúde dentro do PEE.

Inicialmente, a comissão, formada pelos deputados Francisco Tenório (PMN) – presidente, Jó Pereira (DEM) – relatora do PEE - e Inácio Loiola (PSB) debateu a questão da educação e saúde dentro do PEE ouvindo representantes do Fórum Estadual de Educação e da Secretaria Estadual de Educação. A representante do Fórum Estadual de Educação, Claudiane Pimentel, destacou que educação estadual contempla, dentro do seu currículo, algumas estratégias para trabalhar as questões relacionadas aos cuidados com a saúde. “Não só a rede estadual, mas também os municípios têm desenvolvidos projetos pedagógicos de conscientização das crianças com relação a prevenção e os cuidados com a proliferação do Aedes aegypti, por exemplo”, afirmou.

A assistente social da Secretaria Estadual de Educação, Suzile Oliveira, destacou que, o programa federal "Saúde na Escola", que visa à integração e articulação permanente da educação e da saúde, proporcionando melhoria da qualidade de vida nas escolas, já está presente em quase todos os municípios de Alagoas. “Em termos de prevenção, é um excelente programa porque trabalha na escola a questão da prevenção de doenças. Trabalha também a questão do uso de drogas. A questão da prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis e da gravidez na adolescência", disse.


Microcefalia
Na sequência dos debates, foi discutido o plano de ação para o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya, bem como o aumento dos casos de microcefalia, uma malformação em recém-nascidos relacionada ao zika vírus. Durante sua apresentação, a secretária de Estado da Saúde (Sesau), Rosângela Wyszomirska, apresentou um quadro de como se iniciou a epidemia zika no Estado e os municípios alagoanos onde há uma maior incidência da doença. A gestora também apresentou o plano de trabalho, no sentido de combater o mosquito vetor da doença. Ela também não descartou a possibilidade de o Governo decretar estado de emergência, uma vez que Alagoas já registra 94 casos suspeitos de microcefalia relacionados ao zika vírus.

“O plano de trabalho tem um item que é o mais importante de todos: o combate ao vetor. Esse combate não deve ser feito apenas pelo Governo, mas por todo cidadão desse Estado”, declarou a secretária, acrescentando que o Estado instalou 11 unidades Sentinelas distribuídas no Estado, sendo três em Maceió e oito no interior. “Nessas unidades Sentinelas é colhido o sangue das pessoas suspeitas de estarem infectadas com a doença”.


Na mesma linha de raciocínio, a diretora de Vigilância e Saúde de Maceió, Thaís Barreto, informou que a Prefeitura de Maceió tem realizado ações no sentido de conscientizar a população da capital sobre a importância de se combater o mosquito transmissor das moléstias. De acordo com ela, os bairros de Maceió que possuem um maior índice de infestação do aedes aegypti são Ponta Verde e Pajuçara.

Após os debates, o propositor da audiência pública, deputado Francisco Tenório classificou a situação como estarrecedora e disse que um dos principais encaminhamentos a ser tomado para o combate o mosquito é a realização de campanhas educativas. “O fato mais importante de todo esse processo é uma campanha muito bem feita e massificada, mobilizar a população através das escolas, faculdades, as donas de casa, convocar os agentes públicos a se engajarem no combate ao mosquito”, sugere o parlamentar.

Os deputados Inácio Loiola (PSB), Léo Loureiro (PPL) e a deputada Jó Pereira (DEM) também participaram da audiência pública que contou com a presença do representante do Conselho de Secretários Municipais de Saúde, Sival Clemente, da promotora de Justiça, Micheline Tenório, e do presidente do Sindicato dos Agentes de Saúde, Maurício sarmento.