Bruno Toledo convoca secretária para prestar esclarecimentos

por Comunicação/ALE publicado 11/04/2017 19h55, última modificação 11/04/2017 19h55

O deputado Bruno Toledo (PROS) informou ao plenário, durante pronunciamento na sessão ordinária desta terça-feira, 11, que protocolou requerimento convocando a gestora da Secretaria de Prevenção à Violência, Esvalda Bittencourt. O parlamentar quer que a secretária venha ao Parlamento prestar esclarecimentos sobre denúncias feitas pelo arcebispo Dom Antonio Muniz, que em nota acusa a pasta de utilizar a rede de acolhimento de dependentes químicos com fins eleitoreiros e conotação político partidário. A denúncia foi feita através de nota de repúdio veiculada em fevereiro último e repercutida por Bruno Toledo na plenária do último dia 6.

Bruno Toledo contou que a secretária Esvalda Bittencourt, por meio de nota, se coloca à disposição do Poder Legislativo, o que o motivou a propor o requerimento de convocação. “Para que possamos desmistificar algumas questões, isso natural, é importante, é salutar esclarecer todos os pontos que foram tocados aqui para evitar uma retórica vazia. É interessante essa convocação para que a secretária tenha a oportunidade de explicar com mais profundidade a questão”, disse Toledo, acrescentando que além da resposta direta da Seprev, obteve retornos indiretos através do governador Renan Filho que teria garantido cerca de 100 vagas de emprego para dependentes químicos em recuperação.“Mas uma pergunta que faço: onde estão e quais são essas vagas?”, questiona o parlamentar.

Em aparte, os deputados Ronaldo Medeiros, Isnaldo Bulhões e Ricardo Nezinho (todos do PMDB) foram de opinião que a convocação da secretária é uma medida extrema, tendo em vista que Esvalda Bittencourt já teria se colocado à disposição do Legislativo para os esclarecimentos necessários. “Se a secretária se dispôs a colaborar, o ato de convocar é uma medida muito drástica. Tenho certeza que um convite seria mais elegante para o momento. A não ser que ela seja convidada e não venha”, observou Ronaldo Medeiros.

Sobre as 100 vagas de empregos para dependentes químicos, Isnaldo Bulhões defendeu o governo observando que a garantia dos postos de empregos está na pareceria do Executivo com diversas entidades. “Quando o governo fala em garantir, ele fala nas parcerias que o Estado estabelece com as empresas prestadoras de serviços”, disse Bulhões.

Seguindo a mesma linha de defesa, Ricardo Nezinho destacou o trabalho realizado pelo Executivo através da rede de acolhimento de dependentes químicos, tendo o mesmo sido copiado por vários estados. “As comunidades terapêuticas devem contemplar em torno de mil adictos. O programa desenvolvido pela Seprev é muito sério, importante e vejo com muita alegria quando o governador garante que pode empregar, de forma parceira, os dependentes químicos”, observou Nezinho, ressaltando que o modelo adotado por Alagoas deve ser fortalecido.

Ainda em aparte, o deputado Francisco Tenório (PMN) destacou a importância do tema debatido e cobrou mais uma vez que o arcebispo Dom Antonio Muniz denomine o parlamentar que estaria se beneficiando politicamente com a rede de acolhimento. “Essa denúncia é extremamente forte e deve ser apurada profundamente. Não aceito que o arcebispo não diga o nome de quem ele denuncia. Ele não pode denunciar o Parlamento.”, cobrou Tenório.