Bruno Toledo critica ações promovidas pelo Governo do Estado

por Comunicação/ALE publicado 24/10/2017 19h50, última modificação 24/10/2017 19h50

Durante a plenária desta terça-feira, 24, o deputado Bruno Toledo (PROS), ao usar a tribuna da Casa, fez uma série de críticas a algumas ações promovidas pelo Governo do Estado. Questões como a polêmica envolvendo a Secretaria de Esportes e a Uncisal (Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas), o aumento promovido nas passagens intermunicipais, a falta de pagamento aos fornecedores da Secretaria de Saúde, e a exoneração, no último dia 19, do então secretário de Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura, Álvaro Vasconcelos, foram citados pelo parlamentar. Neste último caso, Toledo considerou um desrespeito por parte do Executivo, contra o ex-gestor, que na opinião dele, vinha desenvolvendo um bom trabalho a frente da Pasta.

“Álvaro Vasconcelos, um homem de bem, um empresário que desde o início vinha exercendo sua função de forma séria”, avaliou Bruno Toledo. “Não tenho procuração para defendê-lo, mas tivemos oportunidade de trabalhar juntos em alguns momentos no Fecoep (Fundo Estadual de Erradicação da Pobreza) e pude ver a forma séria com a qual ele conduzia aquela pasta”, declarou o parlamentar, dizendo conhecer a maneira de agir do Governo. “Quando me opus a alguns projetos do Fecoep, simplesmente soube de minha saída do Conselho através do Diário Oficial”, lembrou.

No tocante a pendenga entre a Uncisal e a Secretaria de Esportes, que teria impedido funcionários e pacientes da universidade de ter acesso ao Centro de Fisioterapia e Reabilitação instalado no Estádio Rei Pelé, no Trapiche, Bruno Toledo disse que não entraria no mérito da questão. “Mas fica evidente o conflito de intenção com a ação por parte da secretaria. Ou seja, a solução encontrada para o conflito foi simplesmente cercear o direito do cidadão ao espaço público”, criticou o deputado.

Outro ponto abordado por Toledo foi o aumento das tarifas dos transportes intermunicipais, no último dia 13, promovido pela Arsal (Agência Reguladora de Serviços Públicos de Alagoas). “Aumento promovido na surdina; em uma véspera de feriado se aumenta as taxas do transporte intermunicipal em 4,56%. Vale lembrar que no atual Governo já é um aumento acumulado de mais de 50%”, observou o parlamentar, criticando a ausência de planilha de custos que justificasse o reajuste.

A questão do atraso no pagamento aos fornecedores da Secretaria da Saúde, é considerada um absurdo por parte de Bruno Toledo. Para ele, “o calote” dado pelo Estado só fomenta o desemprego. “Falta de transparência do Governo. Se encastelando no Palácio, sem ouvir a população. Um Governo que privilegia a poucos, mas que não tem a sensibilidade de ouvir e buscar resolver os problemas do povo”, acusou o deputado, lembrando que a discussão é recorrente no plenário, mas, na opinião dele, sem perspectiva de ser resolvido.

Em aparte, o deputado Gilvan Barros Filho (PSDB) se associou ao pronunciamento de Toledo em dois pontos: o primeiro no que diz respeito a exoneração de Álvaro Vasconcelos e, por último, no que se refere à divida do Estado com os fornecedores da Sesau. “Álvaro Vasconcelos fez um trabalho extremamente importante à frente da Agricultura estadual, tinha muitas portas abertas para lutar em prol do setor alagoano”, observou Gilvan, lamentando a saída de Vasconcelos.

Quanto a dívida do Estado com os fornecedores da Sesau, o líder do Governo no Parlamento, deputado Ronaldo Medeiros (PMDB) informou que quando o atual secretário de Saúde, Christian Teixeira, assumiu a pasta, havia mais de 5.900 processos de pagamentos, desses já teriam sido pagos 1.536. “Ou seja, não tem favorecimentos. O secretário garante pagar a todos, indistintamente. Afirmar que foram pagos por amizade, isso não existe. É um secretário sério que está analisando processo a processo e, com certeza, vai liquidar todos os casos”, assegurou Medeiros.

Outro que se posicionou sobre o tema dos fornecedores da Sesau, foi o deputado Rodrigo Cunha (PSDB). Para ele o que falta no Governo é gestão. “Em audiência pública para tratar do HGE, nosso maior Hospital, foi dito que ele é gerido por uma tabela de Excel. Não se tem um sistema pra gerir o que entra ou aquilo que sai, é na verdade um atestado de incompetência”, declarou o tucano, destacando a saga dos empresários em busca dos seus pagamentos.

Ainda em aparte, o deputado Marcelo Victor (PSD) se posicionou sobre o pronunciamento de Bruno Toledo no que diz respeito a exoneração do secretário Álvaro Vasconcelos. “Vale dizer que, no momento em que qualquer cidadão aceita servir ao Estado como secretário, a ele não pertence a secretaria”, observou. “A qualquer momento o Governo pede para que ele saia e entre outra pessoa. Da mesma maneira que o secretário Álvaro é um homem de bem, o secretário que irá assumir agora é um técnico também competente”, completou Victor