Bruno Toledo repercute denúncias contra a rede de acolhimento de dependentes químicos

por Comunicação/ALE publicado 06/04/2017 17h59, última modificação 06/04/2017 17h59

Da tribuna do Parlamento, o deputado Bruno Toledo (PROS) relatou reunião com o arcebispo de Maceió, Dom Antonio Muniz, cuja pauta foi a nota de repúdio emitida pela Arquidiocese, em fevereiro último, denunciando a utilização da rede de acolhimento a dependentes químicos com conotação político partidária e fins eleitoreiros. “E segundo o arcebispo isso estaria sendo promovido e disseminado dentro do Poder Executivo. Uma política que jamais poderia ser confundida ou utilizada dessa forma, por se tratar de pessoas que se encontram fragilizadas”, observou Toledo, considerando forte as declarações do arcebispo.

De acordo com a nota de repúdio, Dom Antonio Muniz se mostra preocupado com os rumos eleitoreiros que o tratamento à dependência química vem tomando em Alagoas. “Assim a rede cristã de acolhimento vem manifestar seu total repúdio à utilização politiqueira e partidária das comunidades terapêuticas por parlamentares do nosso Estado de Alagoas. Além disso, repudia veementemente o uso da Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev) como sustentáculo que alimenta essa engrenagem”, denuncia Dom Muniz.

O deputado Bruno Toledo considera a nota extremamente contundente e se disse chocado com a informação bastante preocupado, tendo em vista que a rede de acolhimento é custeada com recursos do Fecoep (Fundo de Erradicação da Pobreza), cujo conselho tem o parlamentar como representante da Assembleia Legislativa. “Eu de fato não tinha o conhecimento dessa denúncia e é urgente que a sociedade tenha uma resposta por parte do Poder Executivo”, disse Toledo. “A acusação é muito grave e não vi uma linha se quer de esclarecimentos por parte do Governo. Isso não pode continuar. Como parlamentar e integrante do Conselho do Fecoep não permitirei que isso fique sem resposta”, assegurou Bruno Toledo.

Em aparte, os deputados Francisco Tenório (PMN) e Leo Loureiro (PPL) contribuíram com o pronunciamento. O primeiro considerou a nota preocupante, tendo em vista que a rede de acolhi mento é custeada com recursos públicos, e solicitou que o arcebispo denomine os parlamentares que estariam envolvidos. “Solicito que o arcebispo denuncie quem está fazendo isso, que ele cite os nomes para que seu ato não generalize todos os parlamentares”, pediu Tenório.

Já o deputado Leo Loureiro disse que esses fatos estiverem mesmo acontecendo é preciso saber quanto se paga por tratamento a cada dependente químico e quantos estão em tratamento no Estado. “Precisamos saber qual o tamanho e como está sendo aplicado o recurso do Fecoep e para onde está indo esse dinheiro. Se está indo para a política precisa é preciso esclarecimento”, disse o parlamentar.