Há 18 anos, tiroteio provocou afastamento de governador

por Comunicação/ALE publicado 17/07/2015 12h05, última modificação 17/07/2017 18h29
Há 18 anos, tiroteio provocou afastamento de governador

Foto: Adailson Calheiros/Gazeta de Alagoas

Há exatamente 18 anos, no dia 17 de julho de 1997, a Assembleia Legislativa tornou-se o centro das atenções da imprensa nacional e das autoridades, quando o movimento unificado dos servidores públicos estaduais ocupou a praça Dom Pedro II para exigir a renúncia do então governador Divaldo Suruagy, que faleceu em março deste ano. As finanças do Executivo haviam chegado à exaustão, com atraso de até nove meses no pagamento da folha salarial dos funcionários estaduais.

No confronto entre o movimento dos servidores estaduais e os soldados do Exército, pertencentes ao 59º Batalhão de Infantaria Motorizada - sediado em Maceió -, e requisitados para guarnecer o Legislativo, desencadeou-se um tiroteio na praça Dom Pedro II. Tal fato, que ganhou as manchetes dos principais jornais brasileiros e até de impressos de renome internacional, só se compara a outro episódio marcante na história política: a do impeachment do governador Muniz Falcão, em 1957, quando um tiroteio sitiou a praça Dom Pedro II e provocou morte e derramamento de sangue no recinto da Assembleia.

O 17 de julho de 1997 teve como consequência o afastamento de Suruagy do comando do Executivo. Longa negociação ocorreu, até que o governador renunciou ao cargo, assumindo seu vice, Manoel Gomes de Barros. A partir de então, houve a rolagem da dívida pública perante o governo federal, que terminou, como contrapartida, intervindo tacitamente na governança do Estado, ao “indicar” quadros de Brasília, inclusive generais, para ocupar funções estratégicas no governo.