Rodrigo Cunha repercute divulgação de delações envolvendo presidente e cobra apuração dos fatos

por Comunicação/ALE publicado 18/05/2017 17h40, última modificação 18/05/2017 17h40

Os últimos fatos que marcaram o cenário político brasileiro, a partir de delações feitas pelo empresário Joesley Batista, do grupo JBS, envolvendo as condutas do presidente da República, Michel Temer, e do senador Aécio Neves (PSDB/MG), levaram o deputado Rodrigo Cunha (PSDB) à tribuna da Casa para destacar o trabalho que vem sendo realizado pelo Ministério Público Federal e Polícia Federal, no âmbito da “Operação Lava-Jato”. No entanto, se reportando às graves denúncias contra Temer e Neves, Cunha é de opinião que todos os fatos divulgados sejam apurados e que as gravações e os fundamentos das acusações sejam divulgados. Diante de isso, o tucano defendeu a realização de uma reforma urgente no sistema político brasileiro.

“O Brasil é um país diagnosticado com o câncer da corrupção há décadas, quiçá séculos, e como qualquer paciente desse tipo de enfermidade, que não encara tratamentos sérios, as células doentes (no nosso caso as corruptas) se espalham de maneira veloz e levam aos poucos à completa falência dos órgãos”, avaliou Rodrigo Cunha, durante a sessão ordinária desta quinta-feira, 18. Para o parlamentar, a Lava-Jato tem se mostrado como um importante tratamento contra o câncer da corrupção. “Não podemos aceitar os argumentos que defendem o fim das investigações, jogando tudo para debaixo do tapete, em troca de uma recuperação econômica”, disse Cunha, acrescentando que “enquanto não mudarmos a política estaremos sempre apagando incêndios”.

Rodrigo Cunha destaca também que, nesse contexto, a participação popular é de grande importância para que as mudanças necessárias sejam alcançadas. “É essencial que a população, além de protestar e ir às ruas, mostre sua indignação nas urnas, renovando o Congresso em 2018 com pessoa comprometidas com o Brasil”, disse o parlamentar, concluindo que a amplitude das novas denúncias vão além das defesas ideológicas e partidárias, sendo esse o momento de o País vencer o paradigma que sustenta os esquemas de corrupção.