Ronaldo Medeiros lembra passagem do Dia Trabalhador Rural e volta a criticar Reforma da Previdência

por Comunicação/ALE publicado 25/05/2017 17h40, última modificação 25/05/2017 17h40

O deputado Ronaldo Medeiros (PMDB) usou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta quinta-feira, 25, para lembrar a passagem do Dia do Trabalhador Rural e para pedir a retirada de pauta do projeto de reforma da previdência e a renúncia do presidente da República, Michel Temer.

O deputado destacou que o trabalhador rural tem hoje uma vida difícil e que vem sendo atingido por diversas matérias polêmicas que tramitam no Congresso Nacional, principalmente no que se refere a sua aposentadoria. “O trabalhador rural se aposenta atualmente com 55 anos, para as mulheres, e 60 anos para o homem, com 15 anos de trabalho, porém, se a reforma da previdência for aprovada, irá prejudicar muito este trabalhador, já que, tanto a mulher quanto o homem, só conseguirão se aposentar aos 65 anos de idade”, afirmou.

Ainda em seu pronunciamento, o deputado disse que as pequenas e médias cidades do interior do Nordeste sobrevivem devido aos recursos da previdência. “O INSS, aqui em Alagoas, em quase 80% dos municípios, coloca mais recursos na cidade do que o próprio Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Aprovar essa reforma da previdência é o mesmo que decretar a morte de milhares de trabalhadores rurais que necessitam da aposentadoria e decretar a falência de grandes supermercados e de comerciantes do interior que dependem dos aposentados”, afirmou Ronaldo Medeiros.

O deputado também denunciou que o trabalhador rural tinha seu crédito facilitado pelo Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e hoje este crédito foi reduzido em mais de 70%. “Hoje temos que parabenizar todos os trabalhadores rurais e protestar contra esta reforma da previdência e a diminuição de crédito para estes bravos trabalhadores”, destacou.

Por fim, Ronaldo Medeiros disse que o presidente Michel Temer não tem mais nenhuma representatividade política e deveria, neste momento, retirar o projeto de reforma da previdência da pauta do Congresso e em seguida renunciar. “A cada dia que o presidente Temer continua no Governo é mais um dia de prejuízo para o trabalhador”, finalizou.

Em aparte, o deputado Marcelo Vitor (PSD) também fez duras críticas ao projeto de reforma da previdência e defendeu que em Brasília se trave uma discussão sobre o atual custo da estrutura da própria previdência. “Tenho certeza que essa reforma não será aprovada desta forma, pois se isso acontecer vai prejudicar muito os trabalhadores”, disse.

Também em aparte, o deputado Inácio Loiola (PSB) disse que o grande problema do país é a falta de um plano de desenvolvimento e que a reforma da previdência precisa, antes de ser votada no Congresso Nacional, ser melhor debatida com os trabalhadores brasileiros. “Para se ter uma ideia da falta de um plano de desenvolvimento, o presidente Temer esteve recentemente em Alagoas e anunciou a construção de três mil cisternas, somente o sindicato rural de Piranhas conseguiu 1.500 cisternas. Isto mostra como o Governo é pequeno”, destacou.