Assembleia comemora os 181 anos de Tavares Bastos
Na próxima segunda-feira, dia 20 de abril, a Assembleia Legislativa de Alagoas comemora os 181 anos de nascimento de seu patrono, Aureliano Candido Tavares Bastos. Antes de tudo um visionário, Tavares Bastos foi advogado, jornalista, político e publicista. Durante sua trajetória política, construiu sua imagem pública pautando-se sempre em defesa das questões sociais e econômicas do seu tempo. Tendo como principais bandeiras de luta a abolição da escravatura, a livre navegação do Amazonas e a educação. No entanto, como bem observa o escritor Paulo de Castro Silveira (falecido), no livro: “Tavares Bastos: Um titã das Alagoas”, muito ainda falta para se conhecer sobre essa “figura de estadista, de filósofo, de jurista; o pensador que só viveu 36 anos”.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Victor, destacou a relevância da data comemorativa para o Parlamento alagoano e informou que "a história de Tavares Bastos abrirá o projeto 'Memórias Legislativas' que a Mesa Diretora pretende lançar este ano, com prefácio do professor e historiador Douglas Apratto Tenório".
Nascido em Marechal Deodoro, em 20 de abril de 1839, Tavares Bastos foi eleito deputado geral por Alagoas em três legislaturas, 1861-1863, 1864-1866 e 1867-1870, sendo na primeira vez, aos 22 anos de idade, o mais jovem deputado do Parlamento. Ele morreu aos 36 anos de idade, em Nice, na França, no dia 3 de dezembro de 1875. Durante o curto período de vida, Tavares Bastos deixou suas obras como legado aos alagoanos e brasileiros. Ao todo foram sete livros: “Os males do presente e as esperanças do futuro (1861)”; “Cartas do Solitário (1862)”; “O vale do Amazonas (1866)”; “Memória sobre a imigração (1867)”; “A província: estudo sobre a descentralização no Brasil (1870)”; “A situação e o Partido Liberal (1872)”; “A Reforma eleitoral e parlamentar e Constituição da magistratura (1873)”.
A escolha do nome de Tavares Bastos para patrono da Assembleia Legislativa foi do então deputado Oseas Cardoso, que no dia 3 de dezembro de 1951 apresentou projeto de resolução nesse sentido. Em 24 de março de 1952, o projeto de resolução nº 19 foi levado à aprovação do plenário e promulgado pelo então presidente do Legislativo alagoano, deputado Augusto Machado.