Sessão Especial irá debater existência de faculdades fantasmas e a emissão de diplomas sem validade

por Comunicação/ALE publicado 11/02/2019 17h15, última modificação 11/02/2019 17h38

O deputado Marcelo Beltrão (MDB) protocolou requerimento na manhã desta segunda-feira, 11, solicitando a realização de uma sessão especial para debater a existência de “faculdades fantasmas” e a emissão de diplomas sem validade no Estado, prática que originou o chamado “Golpe do Diploma”.

O caso veio à tona no Estado quando, em maio de 2018, a TV Pajuçara exibiu uma série de reportagens intitulada “Faculdades Fantasmas: sonho ou pesadelo”, que mostrou o esquema de faculdades consideradas inexistentes pelo Ministério da Educação (MEC), que atuavam e ainda estão em evidência no interior do Estado. Ao final dos cursos de graduação, os diplomas expedidos para os alunos não têm validade. Em alguns casos, as turmas sequer receberam os diplomas.

Este ano, o caso ganhou repercussão nacional quando o programa Fantástico, da Rede Globo, também exibiu uma reportagem que mostrou que o chamado “Golpe do Diploma” era uma realidade não somente em Alagoas, mas em outros Estados, a exemplo da Bahia e Rondônia.

Na última quinta-feira, 7, Marcelo Beltrão se reuniu com o presidente do Conselho Estadual de Educação, Mário Cesar Jucá, para conseguir maiores informações sobre as "faculdades fantasmas" e os transtornos que os alunos vêm enfrentando. De acordo com o Jucá, ao menos 20 mil estudantes foram lesados pelo golpe e estão com diplomas sem validade ou não receberam os seus diplomas após a conclusão dos cursos de graduação.

 Para o deputado, é preciso debater o assunto com os demais parlamentares e trabalhar para coibir a atuação de faculdades irregulares no Estado, além de tentar encontrar uma solução para os milhares de alunos que foram lesados.

 “São milhares de alunos prejudicados em todo o Estado. Pessoas que viram o sonho da graduação no ensino superior se transformar em um verdadeiro pesadelo. Temos registos de pessoas que só descobriram a fraude quando tiveram o registro profissional negado pelos Conselhos de Classe. O Poder Legislativo não pode ficar inerte a essa situação e, por isso, quero levar esta discussão ao Plenário da Assembleia. Temos que buscar formas de defender os interesses dos alunos e encontrar resolutividades aos problemas destes alagoanos que investiram nas respectivas formações”, defendeu Marcelo Beltrão.