Cabo Bebeto critica decisão judicial que despromoveu 1.200 policiais e bombeiros militares

por Comunicação/ALE publicado 07/08/2019 17h10, última modificação 08/08/2019 11h18

A despromoção de 1.200 policiais e bombeiros militares, por meio de decisão judicial, foi alvo de críticas por parte do deputado Cabo Bebeto (PSL) durante pronunciamento na plenária desta quarta-feira, 7. “Esse caso tem causado agitação na tropa há alguns dias e se comenta que o número pode ser bem maior do que foi divulgado”, disse Bebeto, acrescentando que há rumores de que o número atinja três mil militares. “Certamente isso vai soar muito negativo para a tropa. Existem casos de policiais e bombeiros que já foram aposentados e que serão despromovidos”, contou o parlamentar.

Para adotar a medida, segundo Bebeto, o Governo usou como justificativa que os militares estavam ingressando com o pedido de aposentadoria por via judicial, quando o correto seria através da Vara da Fazenda. “Mas não é o cidadão que escolhe. Por muitos anos o Judiciário permitiu que essa ação fosse feita no Juizado Especial. Agora, provocado pelo Estado, diz que deve voltar como era realizado anos atrás, na Vara da Fazenda, e tem derrubado muitas sentenças”, disse Bebeto, informando que muitos militares já haviam incorporado as gratificações e contraído dívidas e que, por conta disso, amanhã, às 14 horas, haverá um ato de protesto da Associação dos Sargentos e Subtenentes em direção ao Tribunal de Justiça. “Fico apreensivo porque são pessoas que passaram 20, 25 anos sem ser promovidas e só tinham a Justiça para buscar essa correção”, observou o parlamentar, colocando-se à disposição dos militares.

Em aparte, o deputado Davi Maia (DEM) se associou ao pronunciamento do colega e se solidarizou com os policiais e bombeiros militares. “Quanto esses policiais militares já foram importantes para esse Governo? Mas é assim que ele (governo) trata a corporação”, declarou Maia.

Crime bárbaro

O crime bárbaro do qual foi vítima a empresária arapiraquense, Marizete Maria de Oliveira, 41, também foi repercutido pelo deputado Cabo Bebeto durante a plenária. Marizete teve dois dedos amputados durante um assalto que sofreu, no último final de semana, na oficina mecânica pertencente a ela e ao esposo, no bairro Baixão, em Arapiraca.

Bebeto contou que esteve na residência da vítima e se comoveu com os relatos da empresária, que viveu momentos de terror. “Na conversa, ela chorou várias vezes. É preciso reconhecer que existem pessoas ruins aí fora, que não têm conserto. Vocês precisavam e deveriam ir lá ouvir os relatos dessa mãe de família. É por isso que não tenho pena de bandido, porque sei do que eles são capazes”, disse o deputado, contando que usaram faca e martelo para cortar os dedos da comerciante.