Cabo Bebeto critica fechamento de clínicas para tratamento de dependentes químicos

por Comunicação/ALE publicado 04/06/2024 19h20, última modificação 04/06/2024 19h32

Durante a sessão ordinária desta terça-feira, 4, o deputado Cabo Bebeto (PL) criticou a Secretaria de Saúde do Estado (Sesau) pelo encerramento das atividades das clínicas especializadas em tratamento involuntário contra dependência química. "Em Alagoas possuímos apenas quatro clínicas, já fechadas por falta de recursos. Entre 2014 e 2022 foram realizados cerca de 5 mil tratamentos involuntários", informou o parlamentar. "Sem o custeio do Estado, grande parte das famílias não tem condições de conseguir tratamento", completou ele.

"O que era só Saúde, hoje se torna problema também de Segurança Pública. Após o homicídio de um usuário em uma dessas clínicas, no mês de abril, o Estado decidiu, por conta própria, sem decisão judicial, fechar todas as clínicas", criticou o deputado. "Nos últimos meses, houve um aumento significativo no número de arrombamentos em Maceió. Até prédios no entorno do Palácio do Governo sofreram arrombamentos", passou a relatar o parlamentar, citando que muitos desses casos envolvem moradores de rua que sofrem com a dependência química.

Apresentando testemunho de seus anos como policial militar, Cabo Bebeto diz que em várias situações, por causa de dependência química, o usuário não tem mais domínio sobre seus atos e o tratamento involuntário precisa ser realizado. "A Defensoria Pública de Alagoas entrou com uma ação estabelecendo que o município de Maceió e o Estado de Alagoas publique um edital para credenciamento das clínicas de internação involuntária, nos termos da minuta do acordo firmado há mais de cinco meses. Mas o edital nunca aconteceu", lembrou o parlamentar.

"O Governo do Estado e a Secretaria de Saúde precisam, de forma rápida e efetiva, apresentar soluções a curto prazo, para evitar um colapso desse serviço tão essencial", finalizou Cabo Bebeto.