Cabo Bebeto defende readequação no cronograma de visitas do sistema prisional

por Comunicação/ALE publicado 07/05/2019 18h08, última modificação 07/05/2019 18h08

Uma reunião de familiares de reeducandos, em frente ao Tribunal de Justiça, no dia de ontem, para protestar contra a redução de visitas no sistema prisional foi o tema inicial do pronunciamento do deputado Cabo Bebeto (PSL) durante a sessão plenária desta terça-feira, 7. Segundo o deputado, os familiares alegaram que muitos foram impedidos de entrar nos presídios no último final de semana, e que alguns deles não conseguem ver seus parentes presos há mais de cinco meses.

Cabo Bebeto leu uma nota de repúdio, assinada pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários, explicando que não houve restrição e o que aconteceu foi o início de uma readequação no sistema de visitas, idealizada pela Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris). O deputado também leu outra nota em que a Seris confirma a explicação dos agentes penitenciários. “Hoje temos quase cinco mil presos e foi necessária essa readequação do cronograma de visitas para manter a ordem e a segurança do sistema. Essa readequação teve como base o disposto na lei da Execuções Penais. O sistema está superlotado, se houver uma tragédia lá dentro quem irá responder? Os agentes estão cobertos e abrigados pela lei quanto a essa readequação”, destacou o deputado.

O deputado pediu respeito à categoria e registrou que os agentes penitenciários garantem à sociedade a tranqüilidade, garantindo ordem e disciplina no sistema prisional alagoano. “É mesmo com efetivo mínimo, tem feito seu trabalho com dignidade”, afirmou. Cabo Bebeto informou ainda que recebeu denúncia de que os familiares que realizaram o protesto não representam 0,5% do montante de visitantes cadastrados.

A reivindicação, por parte da categoria, da realização de um concurso público para aumentar o efetivo de agentes penitenciários, também foi destaque durante o pronunciamento de Cabo Bebeto. Por fim, o deputado enfatizou ainda que a Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública, a qual preside, pode fazer a intermediação entre as demandas dos detentos e dos agentes penitenciários, mas alertou que as cobranças precisam ser feitas com razão. "As portas da Assembleia estão abertas para essa discussão", afirmou Cabo Bebeto.