Cabo Bebeto destaca ação policial durante sequestro de ônibus no Rio de Janeiro

por Comunicação/ALE publicado 21/08/2019 18h55, última modificação 22/08/2019 15h27

O deputado Cabo Bebeto (PSL) usou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, 21, para repercutir a ação dos policias no caso do sequestro de um ônibus na ponte Rio-Niterói, durante a manhã de ontem, que culminou com o sequestrador, identificado como Willian Augusto da Silva, sendo baleado e morto pela Polícia Militar. O deputado também comentou a reação de comemoração efusiva que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, teve após o desfecho do caso.

“Eu me coloco no lugar dele (Wilson Witzel), tomando conta daquele Estado, cheio de problemas e diante de uma situação onde poderia ter quase 40 pessoas mortas. Ele desceu comemorando após o sequestrador ter sido morto, porém, se ele errou, eu não sei, mas eu certamente faria uma comemoração ainda maior. Entre quase 40 inocentes e um bandido, tem que morrer o bandido”, afirmou Bebeto

O deputado destacou que o Rio de Janeiro precisa de decisões enérgicas. “Um Estado onde o crime organizado toma conta, onde líderes de várias facções ali se encontram. O governador tem agido de forma proporcional”, afirmou.

Em aparte, o deputado Antonio Albuquerque (PTB) disse que há muito tempo defende a politica de combate enérgico ao crime e que já foi perseguido por conta desse posicionamento.

Contraponto

O deputado Francisco Tenório (PMN), também em aparte, condenou a atitude do governador Wilson Witzel. “Ele parecia um torcedor de futebol. O gesto de bravura é desnecessário para quem exerce aquele cargo, sem contar que a quantidade de tiros foi desnecessária. Essa iniciativa de abater pessoas não diminui a violência. Aqui em Alagoas a violência vem diminuindo sem o governador andar dizendo que vai abater bandido”, afirmou.

Indicação

Ainda em seu pronunciamento, Cabo Bebeto rebateu críticas sofridas após apresentar uma indicação ao Poder Executivo, solicitando a criação de um programa similar ao Ronda nos Bairros, para fazer a segurança armada das escolas públicas do Estado, aproveitando os policiais militares da reserva. “A intenção é prevenir ataques, crimes e tragédias no ambiente escolar, noticiados, com frequência, pela imprensa nacional e internacional”, disse.

As críticas à proposta partiram da presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), Maria Consuelo, que considera necessário "mais livros e menos armas". “Não troquei nenhum livro por arma. Minha intenção é garantir mais segurança nas escolas, já que existem professores afastados de suas funções por problemas psicológicos, devido às cenas de violência presenciadas", defendeu o parlamentar.