Cabo Bebeto destaca operação que investiga fraude na venda de respiradores para o Consórcio Nordeste

por Comunicação/ALE publicado 03/06/2020 14h26, última modificação 03/06/2020 14h26

A operação policial que investiga fraude na venda de respiradores para o Consórcio Nordeste foi destaque no pronunciamento do deputado Cabo Bebeto (PSL) durante a sessão plenária desta quarta-feira, 3. Segundo Bebeto, a megaoperação da Polícia Federal, que resultou na prisão de estelionatários, deixou claro que Alagoas foi quem saiu no prejuízo. "O golpe não foi contra o Consórcio Nordeste, mas contra o Estado. É uma pena que o Brasil não possua penas mais severas para crimes desse tipo”, disse o parlamentar.

Na opinião do deputado, não há diferença entre um crime desse porte e um ato terrorista. "Não se trata simplesmente de estelionato. Estamos falando de uma quadrilha que criou todo um cenário para assaltar os estados. Assumiram o risco de matar pessoas que precisam dos equipamentos. É um ato terrorista", declarou Bebeto, ressaltando ainda que a ação da suposta quadrilha é um crime contra a saúde pública.

Na sequência, Bebeto contou que ao visitar o Portal da Transparência tomou conhecimento que existem dois processos. Um orçado em mais de R$ 10 milhões, para a compra de 50 respiradores, com data de 11/05/2020, e outro no valor de cerca de R$ 4 milhões, para aquisição de 30 respiradores, datado de 07/05/2020. "Ainda estou fazendo o levantamento para saber se, de fato, foram pagos", disse o parlamentar. "Outro ponto que me chama a atenção é que em um dos processos, com data de 27/04, Alagoas teve que pagar a primeira parcela de R$ 5,2 milhões, para que o Consórcio pudesse fechar a compra. O que foi feito sem que houvesse qualquer garantia de compra", contou o deputado, observando, em seguida, que somente um mês depois, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) enviou ofício ao presidente do Consórcio Nordeste, solicitando informações sobre os equipamentos ou a devolução do valor.

"Por coincidência, três dias antes da operação da Polícia Federal. A pergunta que fica é: por que o Estado está falando em recuperar R$ 4 milhões, se pelo menos R$ 5,2 milhões foram pagos? Esses R$ 1,2 milhão é o quê?”, questionou o deputado, querendo explicações sobre quais as vantagens de Alagoas aderir ao Consórcio Nordeste. Ele chamou a atenção do Governo do Estado para que dê mais celeridade e transparência no trato com os recursos públicos.