Cabo Bebeto relata visita de deputados federais a presídios e alerta para problemas no Sistema Prisional

por Comunicação/ALE publicado 11/09/2019 17h50, última modificação 11/09/2019 17h50

Em pronunciamento durante a sessão plenária desta quarta-feira, 11, o deputado Cabo Bebeto (PSL) relatou a visita realizada, em conjunto com os deputados federais Capitão Alberto Neto (Republicanos/AM) e Coronel Tadeu (PSL/SP), ao sistema prisional do Estado, na última segunda-feira, 9. Os parlamentares federais fazem parte da Frente Parlamentar Mista, que trata do desenvolvimento estratégico do sistema penitenciário, do combate ao narcotráfico e ao crime organizado no Brasil.

Bebeto contou que a vinda dos deputados federais se deu após reunião com os mesmos, em Brasília, recentemente, na qual relatou algumas peculiaridades do sistema prisional alagoano. “Falei sobre o efetivo à disposição de cada unidade prisional e eles não acreditavam que, com esse efetivo tão baixo, não tínhamos casos de mortes ou fugas em nossos presídios”, contou Bebeto, acrescentando que as unidades prisionais visitadas foram o Baldomero Cavalcante, o Cyridião Durval, a Santa Luzia e o PSM II. “Lá conversamos com os agentes penitenciários, prestadores de serviços e com presos também. Os deputados viram o momento da operação padrão que os agentes têm feito e entenderam o porquê ela estava sendo feita”, informou Bebeto.

De acordo com o parlamentar, foram constatadas uma série de problemas que podem, a qualquer momento, levar o sistema prisional do Estado a entrar em colapso. “Nesse fim de semana, por exemplo, não houve visitas, então na segunda-feira, quando estivemos lá, o clima estava bem tenso”, disse Cabo Bebeto. "O Estado tem que despertar para resolver essa questão. É importante que o Executivo realize esse concurso”, alertou Bebeto.

O deputado também informou que existem no Estado quatro casas de custódias prontas, há dois anos, mas que ainda não estão em funcionamento.“Nós temos uma em Santana do Ipanema, uma em Matriz do Camaragibe e duas em Delmiro Gouveia. Sabe quanto custaram essas casas de custódia? Quatro milhões e meio de reais”, disse, destacando que, mediante ofício, questionou o motivo da Casa de Custódia de Santana do Ipanema ainda estar fechada. A Seris (Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social) respondeu o questionamento informando que a realização da obra ficou à cargo da Secretaria de Defesa Social, mas que não existe efetivo para o funcionamento da unidade. “Não há agentes penitenciários, nem administrativos, não tem viaturas e nem condições de fazer a casa funcionar. Como é que se constrói algo se não tem condições de abrir?”, questionou Bebeto.

Em aparte, o deputado Davi Maia (DEM) se associou ao pronunciamento do colega e disse que tem sido uma prática recorrente do Governo do Estado realizar várias obras e não entrega-las à sociedade. “O que parece é que o Governo não tem condições de manter esses estabelecimentos abertos para a população. É um Governo bom de ordem de serviço e muito ruim de inauguração”, criticou.