Cabo Bebeto repercute controvérsia entre Unimed e clínicas que prestam serviços a pessoas com TEA

por Comunicação/ALE publicado 13/12/2023 19h40, última modificação 13/12/2023 19h40

Em pronunciamento durante a sessão ordinária desta quarta-feira, 13, o deputado Cabo Bebeto (PL) repercutiu a denúncia feita pela Unimed Maceió, que afirma ter encontrado “fortes indícios de más práticas e de fraudes praticadas por clínicas prestadoras de serviços a beneficiários com transtornos globais do desenvolvimento, como Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Síndrome de Down”, conforme nota veiculada pela operadora de plano de saúde. A denúncia foi feita ao Ministério Público Estadual. “Estamos tentando acessar essa denúncia e espero ter informações o quanto antes”, disse o parlamentar, lembrando que discussões envolvendo planos de saúde e atendimentos de pessoas com TEA são recorrentes no plenário da Casa.

Ele contou que foi procurado por pais de pessoas com TEA, temerosos com o que pode ocorrer com o tratamento de seus filhos. “Segundo os próprios pais, a história não é bem essa. O que tem acontecido é que a Unimed não tem repassado para as clínicas que prestam serviço o devido pagamento”, contou Bebeto, acrescentando que várias clínicas teriam sido surpreendidas com essa decisão da Unimed Maceió.

“Conversei com algumas (clínicas) que me confirmaram a informação. De três anos para cá houve um aumento no número de diagnóstico de TEA. Com isso, cresceu a procura de pacientes por psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e fisioterapeutas, e a Unimed sempre pagou as consultas corretamente”, explicou o deputado, ressaltando que, segundo as clínicas, há uns dois meses a Unimed parou de fazer os repasses dos pagamentos pelos serviços prestados. “Estão fazendo uma auditoria e usando uma nomenclatura chamada de 'Glosa' para informar que tem erro no atendimento ou falha no prontuário, cobrando requisitos que anteriormente não existiam, justificando o não pagamento”, disse o deputado Cabo Bebeto, apelando ao Ministério Público para que aja com atenção sobre essa questão.

Em aparte, o deputado Inácio Loiola (PDT) colaborou com o pronunciamento do colega de plenário, destacando que é cliente do plano de saúde Bradesco desde 1994 e que tal operadora não vem contemplando os usuários com determinados procedimentos, principalmente quando necessita de exames mais modernos. “Eles justificam dizendo que quando você aderiu àquele plano de saúde não existia aquela doença, ou seja, é uma aberração o que o plano de saúde Bradesco está fazendo nesse Brasil. Estou sendo vítima disso”, disse.