Cabo Bebeto solicita flexibilização de decreto para permitir funcionamento de autoescolas
Em pronunciamento durante a sessão ordinária desta quarta-feira, 22, o deputado Cabo Bebeto (PSL) solicitou ao Governo do Estado a flexibilização na abertura das autoescolas, que estão fechadas por decreto, com o objetivo de conter o avanço da pandemia do coronavírus em Alagoas. "Pelo menos para que possam realizar as aulas práticas, já que não há possibilidade de aglomeração", sugeriu Bebeto, criticando o Governo por não estar dando atenção às solicitações dos parlamentares. "Estamos sendo bombardeados diuturnamente com solicitações de todas as categorias e nada está sendo feito por parte do Estado", argumentou.
Em apartes, os deputados Gilvan Barros Filho (PSD), Inácio Loiola (PDT) e Antonio Albuquerque (PTB) colaboraram com o pronunciamento de Bebeto. O primeiro, que é defensor do isolamento vertical (apenas para os que estão no grupo de risco da Covid-19), disse que é preciso pensar no setor produtivo do Estado, respeitando as determinações dos organismos de saúde, como OMS, Ministério da Saúde e Secretaria de Saúde do Estado. "São medidas possíveis de serem tomadas e os comerciantes clamam por retomar as atividades, caso contrário, haverá demissão e falência em massa", destacou Gilvan Filho.
Cabo Bebeto aproveitou para parabenizar a iniciativa da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) em lançar um edital com o intuito de prestigiar e ajudar os artistas alagoanos, através de apresentações por meio de lives nas redes sociais. No entanto, observa que o edital de 11 páginas traz requisitos que inviabilizam a participação de artistas mais humildes, uma vez que estes não têm condições de preencher as exigências para concorrer à seleção de forma igualitária com os demais.
"É uma das minhas preocupações, pois venho recebendo inúmeros pedidos de socorro da categoria, o que me motivou a fazer uma live com esse objetivo. O edital é muito complexo, muitos não irão conseguir preencher as exigências. O edital também prevê pagamento de 30 a 60 dias após a apresentação e emissão de nota fiscal, sendo o cachê de 700 a 1.550 reais, a depender da categoria, e ainda sobre esse valor incidirão os impostos legais", destaca o parlamentar.
Hospital Metropolitano
Cabo Bebeto também fez um relato sobre uma visita realizada às obras de construção do Hospital Metropolitano, no último domingo, 19. De acordo com ele, as razões para a inspeção in loco foram as afirmações do Governo de que a reabertura do comércio dependia da entrega da unidade médico hospitalar. "Confesso que esperava encontrar um formigueiro de pessoas trabalhando incansavelmente para entregar parte de uma obra que já está atrasada há um ano e meio, mas não é o que está acontecendo", assegurou Bebeto.
Segundo o parlamentar, em março de 2017 o governador Renan Calheiros prometia celeridade na realização das obras, que seria realizada em três turnos e entregue à sociedade num prazo de 18 meses. "Não é o que se vê três anos após a assinatura da ordem de serviço autorizando o início da obra. O dobro do tempo", observou o Cabo Bebeto. "Agora, a população alagoana é obrigada a assistir a um vídeo do governador, sorrindo, todo orgulhoso, dizendo que está antecipando a entrega do Hospital Metropolitano, ou melhor, a entrega de parte do Hospital, já que ele, sequer, será finalizado, com previsão para julho ou agosto de 2020", emendou o deputado, se dizendo descrente de que a obra seja concluída no novo prazo estabelecido pelo governador.