Sugestões e estratégias de combate à violência são debatidas em audiência pública
A Assembleia Legislativa realizou nesta terça-feira, 20, uma audiência pública para discutir a questão da segurança pública no Estado de Alagoas. A sessão, aprovada por unanimidade no plenário da Casa, foi de autoria do deputado Francisco Tenório (PMN) e teve como objetivo colaborar com medidas na execução da política estadual de segurança pública estadual. A audiência contou ainda com as presenças dos deputados Inácio Loiola (PSB), Rodrigo Cunha (PSDB), Bruno Toledo (PSDB), Gilvan Barros Filho (PSDB) e Dudu Hollanda (PSD), delegados de polícia, oficiais da Policia Militar, além de toda cúpula de segurança pública em Alagoas e da sociedade civil organizada.
O deputado Francisco Tenório destacou os índices de criminalidade em Alagoas, inclusive dentro do sistema prisional. O parlamentar propôs que seja chamada a reserva técnica das polícias civil e militar e que seja realizado um concurso público para a segurança pública, além da formação de um grupo de estudo, envolvendo as universidades e faculdades, para buscar as causas dos índices de violência e apontar as suas soluções. “Somos atualmente o segundo estado mais violento do Brasil. É por isso que solicitamos esta audiência para debatermos as causas da violência e encontrar alternativas que venha minimiza o sofrimento da população alagoana”, destacou Francisco Tenório. O depuatdo informou ainda qe será encaminhado ao governador Renan Filho um documento com os assuntos tratados durante a reunião.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcos Sampaio, apresentou números que mostram a redução da criminalidade, ele destacou ainda que a audiência pública serve para que a segurança pública venha prestar contas do que vem fazendo e responder os questionamentos da sociedade. “Hoje combatemos a violência que está tipificada, como o roubo e o homicídio, por exemplo. Porém, existem outros tipos de violência que precisamos combater como é o caso da falta de oportunidade e a exclusão social que atingem todo o país”, destacou.
O secretário-adjunto da Segurança pública, delegado Acácio Júnior, destacou a importância de discutir a questão da segurança pública na Assembleia Legislativa. “Podemos ouvir a população e responder os questionamentos que foram feitos. Colhemos também algumas sugestões para a melhoria dos índices de violência. Na segurança pública temos reunião diária, que chamamos de Mesa de Situação, onde são discutidos os números de segurança pública, os problemas relacionados a administração dos batalhões e das delegacias. Aqui é uma extensão da nossa Mesa de Situação”, disse informando também que os Crimes Violentos de Ataques Intencionais (CVAI) estão, mês a mês, diminuindo em números absolutos no Estado de Alagoas. “No mês passado tivemos a maior redução destes crimes desde 2012, isto mostra a predisposição da estrutura de segurança pública para melhorar estes índices”, afirmou.
O presidente da Associação dos Delegados de Polícia, Robervaldo Davino, defendeu a necessidade de concurso público para delegados, agentes de polícia civil e escrivães. Davino disse Alagoas necessita de no mínimo 206 delegados e que existem atualmente no quadro apenas 121 destes profissionais, e, destes, 55 já estão em condições de se aposentar. “Esta sessão foi bastante importante pois reuniu todos que fazem a segurança pública no Estado e debatemos números e soluções para reduzir os índices de violência”, destacou
O líder comunitário, Fernando do Village, falou da sensação que os moradores vivem em relação a segurança pública. “A nossa comunidade vive uma sensação de medo porque a insegurança continua cada vez maior. Vivemos nas nossas comunidades a mercê dos bandidos, já que a propaganda que estamos vendo do Governo do Estado não chegou para a população. É por isso que estamos aqui, para debater as soluções para que estes índices melhorem. Pagamos nossos impostos e temos nossos direito a segurança pública, a levar nossos filhos à escola sem medo e andar no transporte público sem o receio de ser assaltado”, afirmou Fernando, destacando que a maioria dos comerciantes de sua comunidade trabalham com grades na porta de seus estabelecimentos.