Criação de política para reinserção social de dependentes químicos gera debate em plenário
A indicação do deputado Carimbão Júnior (PROS) solicitando ao governo do Estado a instituição de uma política estadual de reinserção social para dependentes químicos acolhidos pelo Projeto Acolhe Alagoas, foi amplamente discutida durante a sessão ordinária desta quarta-feira, 11, na Assembleia Legislativa. Carimbão justificou que a iniciativa visa auxliar as pessoas, em especial os jovens, no processo de reintegração à sociedade. A indicação recebeu a aprovação unânime do plenário.
“Esses jovens passam um período no Acolhe Alagoas e quando voltam para sua família ou comunidade estão sem emprego. É importante que trabalhemos com a ressocialização. Temos que trabalhar com as empresas, que podem nos ajudar abrindo as portas para que esses jovens possam ter um futuro”, declarou o parlamentar.
A iniciativa foi parabenizada pelo deputado Bruno Toledo (PSDB). Ele contou que na reunião do Conselho do Fecoep (Fundo de Erradicação da Pobreza) foram discutidos recursos para dar continuidade e manutenção ao Projeto Acolhe Alagoas.
Por outro lado, o deputado Pastor João Luiz (DEM) destacou a luta de Carimbão Júnior e seu pai, o deputado federal Givaldo Carimbão, no trabalho de libertação do dependente químicos. No entanto, demonstrou preocupação com o processo de reintegração do jovens à sociedade. O pastor revelou que, por diversas vezes, em seu trabalho de recuperação de dependentes químicos, foi informado do assassinato jovens recuperados que passara a dar prejuízo ao traficante. “Sou favorável a esse projeto, mas sugiro a realização de uma sessão pública para debatermos amplamente esse assunto”, disse o democrata.
O deputado Francisco Tenório (PMN) não descartou a relevância do temna, porém cobrou políticas públicas voltadas para a prevenção. “Temos que ter o cuidado de não incentivar a dependência química, a partir do momento que abrimos vagas em empresas, públicas ou privadas, ou criando cotas nesse sentido”, alegou o parlamentar. “Não vejo a mesma preocupação para se evitar que crianças e adolescentes se viciem”, completou Tenório.