Davi Maia anuncia criação de Comissão Parlamentar Interestadual para fiscalizar ações do Consórcio Nordeste
Com base na operação policial realizada na semana passada, que investiga suposta fraude na compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste, o deputado Davi Maia (DEM) destacou, na plenária desta terça-feira, 9, a criação da Comissão Parlamentar Interestadual para apurar as denúncias e fiscalizar as ações do Consórcio. Maia observou que não existe transparência sobre as ações e que, em contato com deputados dos demais estados da região, constatou que as preocupações em torno das atividades do Consórcio é geral. "Todas as assembleias do Nordeste estão incomodadas", contou Maia, informando que o contato com os demais parlamentares nordestinos teve início na segunda-feira, dia 1º.
Maia informou que ontem houve a primeira reunião da Comissão Parlamentar Interestadual (CPI) de acompanhamento e fiscalização do Consórcio Nordeste. "Pela primeira vez no Brasil, deputados de assembleias diferentes se reúnem para investigar alguma ação", informou Maia, acrescentando que, além dele, os deputados Cabo Bebeto (PSL) e Bruno Toledo (PROS) compõem o grupo de parlamentares. "Foi uma reunião muito boa, onde discutimos estratégias que serão implementadas em conjunto com as nove assembleias", disse o deputado, que em seguida leu a Carta de Intenções da CPI, que foi assinada por mais de 20 parlamentares da região. O deputado seguiu seu pronunciamento destacando que Alagoas, até o presente momento, já teve um prejuízo superior a R$ 10 milhões.
Governo
Em aparte, o líder do Governo na Casa, deputado Silvio Camelo (PV), parabenizou a atuação das assembleias nordestinas na apuração das denúncias de fraudes na compra dos respiradores. Ele também frisou que o gestor do Consórcio Nordeste é o Governo da Bahia, e que Alagoas teve, assim como os demais Estados da região, que depositar o recurso para se habilitar à compra dos equipamentos hospitalares. "Se o gestor fez o pagamento indevido e comprou a quem não devia, não é o Estado de Alagoas que tem que ser responsabilizado. Queremos que isso seja apurado e que os recurso sejam devolvidos", disse Camelo, observando que naquele momento o Governo de Alagoas não poderia ser omisso, porque também seria alvo de críticas, caso não se habilitasse.