Davi Maia anuncia criação de Comissão Parlamentar Interestadual para fiscalizar ações do Consórcio Nordeste

por Comunicação/ALE publicado 09/06/2020 15h16, última modificação 09/06/2020 15h16

Com base na operação policial realizada na semana passada, que investiga suposta fraude na compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste, o deputado Davi Maia (DEM) destacou, na plenária desta terça-feira, 9, a criação da Comissão Parlamentar Interestadual para apurar as denúncias e fiscalizar as ações do Consórcio. Maia observou que não existe transparência sobre as ações e que, em contato com deputados dos demais estados da região, constatou que as preocupações em torno das atividades do Consórcio é geral. "Todas as assembleias do Nordeste estão incomodadas", contou Maia, informando que o contato com os demais parlamentares nordestinos teve início na segunda-feira, dia 1º.

Maia informou que ontem houve a primeira reunião da Comissão Parlamentar Interestadual (CPI) de acompanhamento e fiscalização do Consórcio Nordeste. "Pela primeira vez no Brasil, deputados de assembleias diferentes se reúnem para investigar alguma ação", informou Maia, acrescentando que, além dele, os deputados Cabo Bebeto (PSL) e Bruno Toledo (PROS) compõem o grupo de parlamentares. "Foi uma reunião muito boa, onde discutimos estratégias que serão implementadas em conjunto com as nove assembleias", disse o deputado, que em seguida leu a Carta de Intenções da CPI, que foi assinada por mais de 20 parlamentares da região. O deputado seguiu seu pronunciamento destacando que Alagoas, até o presente momento, já teve um prejuízo superior a R$ 10 milhões.

Governo
Em aparte, o líder do Governo na Casa, deputado Silvio Camelo (PV), parabenizou a atuação das assembleias nordestinas na apuração das denúncias de fraudes na compra dos respiradores. Ele também frisou que o gestor do Consórcio Nordeste é o Governo da Bahia, e que Alagoas teve, assim como os demais Estados da região, que depositar o recurso para se habilitar à compra dos equipamentos hospitalares. "Se o gestor fez o pagamento indevido e comprou a quem não devia, não é o Estado de Alagoas que tem que ser responsabilizado. Queremos que isso seja apurado e que os recurso sejam devolvidos", disse Camelo, observando que naquele momento o Governo de Alagoas não poderia ser omisso, porque também seria alvo de críticas, caso não se habilitasse.