Davi Maia volta a defender privatização da Casal e critica posicionamento de manifestantes durante audiência pública

por Comunicação/ALE publicado 03/12/2019 19h22, última modificação 03/12/2019 19h22

Em pronunciamento na plenária desta terça-feira, 3, o deputado Davi Maia (DEM) voltou a defender a privatização da Companhia de Abastecimento e Saneamento de Alagoas (Casal) e criticou o posicionamento de manifestantes durante audiência pública para discutir o processo de concessão dos serviços de água e esgoto para Maceió e região Metropolitana, ocorrida na última sexta-feira, 29, no Tribunal de Justiça de Alagoas. O parlamentar contou ter sido alvo de xingamento por parte dos funcionários da estatal.

“A audiência pública é um dos pré requisitos para poder realizar a concorrência pública. Não me furto ao debate, ao contraditório. Na audiência também esteva presente uma minoria organizada, os famosos pelegos do Sindicato dos Urbanitários, levantando alguns questionamentos plausíveis, mas também muita fake news sobre o projeto”, contou, acrescentando que os funcionários da Casal lançam boatos para influenciar a população contra o processo de privatização.

“Nesta mesma audiência foi dito por um diretor da Casal, que não é obrigação da empresa fazer os investimentos necessários em saneamento básico, cuja obrigatoriedade seria União. Com certeza esse cidadão nunca leu um contrato de concessão”, criticou Davi Maia, justificando seu posicionamento informando que um em cada quatro alagoano não tem acesso a água tratada. “Fiz uma pesquisa e observei que a Casal é rejeitada por 56% da população de Maceió”, informou o deputado, acrescentando que “por ele a Casal seria vendida, mas que ninguém vai querer comprar pois é uma empresa falida”.

Em apartes, a deputada Cibele Moura (PSDB) e os deputados Bruno Toledo (PROS), Cabo Bebeto (PSL) e Antonio Albuquerque (PTB) foram solidários com o colega de plenário. A deputada Cibele, que também é defensora da privatização da estatal, disse que as empresas públicas são usadas para fazer política no País. “Não existe nada de errado ser contra a privatização, agora existe muito erro quando não estamos dispostos a debater, a trocar ideias, e vencer na discussão”, avalia. “Infelizmente o Brasil virou um campo político que mais parece um cabo de guerra. E isso se mostra aqui em Alagoas na discussão para concessão dos serviços de água para a Região Metropolitana de Maceió”, observou a deputada.

O deputado Bruno Toledo se associou ao pronunciamento de Davi Maia, observando que os funcionários da Casal não falam pela população. “A população na verdade quer que o serviço de distribuição de água e a coleta de esgoto sejam feitas de forma eficiente. Não importa se é Estado ou iniciativa privada”, declarou.