Delegado Leonam critica utilização da inteligência artifical e cobra nomeação de policiais militares

por Comunicação/ALE publicado 14/03/2024 18h15, última modificação 14/03/2024 18h15

O combate à violência em Alagoas foi o tema do pronunciamento do deputado Delegado Leonam (União Brasil) na sessão desta quinta-feira, 14, na Assembleia Legislativa. Ele solicitou a nomeação dos cerca mil praças que estão no curso de formação e criticou o uso da inteligência artificial como forma de resolver o problema da segurança pública no Estado. Leonam ainda lembrou uma reportagem do Portal G1 apontando que no ano de 2023 Alagoas foi o terceiro Estado do País onde a violência mais cresceu.

O deputado disse ainda que é preciso mais coerência para combater a criminalidade. “Tratei desta notícia aqui no plenário no início da semana e hoje, de forma surpreendente, o Governo do Estado divulgou que vai solucionar o problema utilizando a inteligência artificial. Desenvolvido por uma empresa japonesa, esse sistema irá prever os crimes em Alagoas. Sinceramente desconheço essa modalidade de combate à violência. Não é forma correta de se combater as diversas formas de organizações criminosas que temos aqui em Alagoas”, rechaçou Leonam.

Em aparte, o líder do Governo, deputado Silvio Camelo (PV), destacou que todas as ideias para melhorar a segurança são válidas e defendeu o uso da inteligência artificial. “Esse mecanismo é usado em todos os lugares e na segurança pública também. Num jogo de futebol, por exemplo, usando a inteligência artificial se consegue detectar pessoas que possuem mandado de prisão em aberto, por meio do reconhecimento facial”, lembrou Camelo.

Também em aparte, o deputado Cabo Bebeto (PL) disse que o atraso na nomeação dos alunos visa à uma redução de custos. “O Governo usa isso para ter um custo bem mais barato. A duração do curso já extrapolou o limite. Estão empregando os alunos sem a devida nomeação e sem a estabilidade assegurada, mostrando que o Governo não tem compromisso de fato com a política de segurança pública. A tecnologia é importante, mas não vai substituir o efetivo que está faltando”, afirmou.