Denúncias contra a gestão da Sesau voltam a ser tema debate em plenário
As denúncias de supostas irregularidades que estariam ocorrendo na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) voltaram a ser debatidas em plenário durante a sessão ordinária desta quarta-feira, 25. O tema foi inicialmente abordado pelo deputado Cabo Bebeto (PTC), que recebeu várias reclamações de servidores da pasta que não estariam recebendo o adicional de férias correspondente a 2021. Outra demanda, segundo o parlamentar, é com relação a implantação do plano de cargos e carreiras (PCC) desses funcionários, cujo processo está desde 2015 na Secretaria de Planejamento do Estado, aguardando a realização de um estudo de impacto financeiro.
Já o deputado Davi Maia (DEM) informou que participou da reunião da Comissão de Transparência do Estado para cobrar informações sobre as ações e os resultados obtidos pela Sesau no combate à pandemia da Covid-19. “O secretário Alexandre Ayres não participou da reunião, mas em entendimento com a Procuradoria Geral do Estado e com a Controladoria Geral do Estado ficou acertado que até o dia 2 de setembro as informações deverão ser entregues”, contou Maia, acrescentando que protocolou nos diversos órgãos de fiscalização das esferas estadual e federal, e nas comissões de Fiscalização e Controle; de Saúde e de Direitos Humanos da Casa, todas as denúncias sobre “o sistema operacional” que estaria funcionando na Sesau.
Na sequência, a deputada Jó Pereira (MDB) admitiu que as denúncias trazidas por Maia devem ser apuradas, mas observou a necessidade de ponderar, apesar de muitos avanços, sobre as dificuldades enfrentadas pela Saúde, seja na esfera estadual, federal ou municipal, sobretudo na contratação de profissionais da área médica. “Mas não é por isso que vamos deixar de apurar nem deixar que qualquer fato seja investigado, principalmente quando a denúncia vem de um parlamentar e as comissões precisam atuar nesse sentido”, disse a parlamentar. Por outro lado, o deputado Dudu Ronalsa (PSDB) reforçou a necessidade de abrir os hospitais para atendimento de outras especialidades, uma vez que o número de contaminados pela Covid-19 está diminuindo. Além disso, fez críticas à forma como é feito o atendimento no Hospital Geral do Estado (HGE).
Em defesa do Governo e da Sesau, o deputado Ronaldo Medeiros (MDB) disse que a superlotação no HGE é fruto da falta de atendimento no serviço de atenção básica da Saúde. “Todos nós queremos que os hospitais abram para outras especialidades, mas é prudente esperar mais um pouco para saber se os casos de Covid vão se manter da forma que estão”, observou o parlamentar, lembrando que Maceió tem baixa cobertura no Programa de Saúde da Família (PSF) e que esse é um dos motivos para superlotação no HGE.