Léo Loureiro denuncia crise nos hospitais do Estado

por Comunicação/ALE publicado 13/09/2016 19h40, última modificação 14/09/2016 07h42

A crise que atinge os hospitais filantrópicos e particulares do Estado foi o tema do pronunciamento do deputado Léo Loureiro (PPL) durante a sessão ordinária desta terça-feira, 13, da Assembleia Legislativa. O parlamentar demonstrou preocupação com a situação, uma vez que, em função das dificuldades enfrentadas, as unidades médicas podem suspender o atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Diante disso, Léo Loureiro solicitou ao presidente da Comissão de Saúde da Casa, deputado Francisco Tenório (PMN), que viabilize uma reunião com o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Alagoas (Sindhospital), além de visitas 'in loco' aos hospitais para entender o que está acontecendo. Loureiro sugeriu ainda a realização de uma audiência pública para debater o problema.

“Esse assunto domina as mídias desde a semana passada. Os hospitais estão agonizando. Precisamos entender o que está acontecendo. Temos um déficit de mais de 10 mil leitos no Estado. É louvável que o governador esteja querendo abrir quatro novos hospitais regionais, mas não podemos deixar isso passar despercebido, pois as unidades de saúde estão pedindo socorro”, disse Léo Loureiro, observando que as principais queixas dos hospitais são os atrasos nos repasses de recursos e o congelamento da tabela de serviços do SUS. “A população é quem acaba sofrendo. Esta Casa precisa ouvir o Sindhospital, para que possa entender o processo e fazer uma intermediação. Não podemos apenas olhar de camarote e deixar que os hospitais fechem as portas”, completou Léo Loureiro.

Em aparte, os deputados Rodrigo Cunha e Gilvan Filho (ambos do PSDB) se associaram ao pronunciamento de Loureiro. Cunha lembrou que há um mês já denunciava, da tribuna da Casa, a crise vivenciada pela Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora de Fátima, de Arapiraca, que por falta de repasses dos governos federal, estadual e municipal suspendeu o atendimento às gestantes do município. “O que é inaceitável, tendo em vista que quase 50% dos partos dos arapiraquenses, pelo SUS, são realizados lá. O hospital só veio reabrir, posteriormente, não pelo pagamento, mas pela função social que precisa exercer”, comentou Cunha.

Gilvan Filho parabenizou Leo Loureiro pelo pronunciamento e disse que está à disposição para ajudar na defesa e melhoria dos interesses da sociedade. “É preciso mesmo que a Casa cobre e traga temas, mesmo que delicados, para serem discutidos em plenário. Sabemos da boa intenção do governador, mas quem está precisando de saúde tem pressa”, declarou Gilvan.