Francisco Tenório relata participação no 2º Encontro do Parlanordeste
O vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Francisco Tenório (PMN) usou a tribuna da Casa, nesta terça-feira, 3, para informar que esteve na última sexta-feira, 29, em Salvador representando o Poder Legislativo estadual na 2ª reunião dos Presidentes das Assembleias Legislativas do Nordeste (Parlanordeste). Na ocasião foram debatidos vários temas de interesse da região, entre eles, a preservação do rio São Francisco e a posição do parlamento contra a privatização da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). “Temos que impedir todas as iniciativas que visam à privatização da Chesf e a apresentação de um projeto, por parte do governo federal, que promova a revitalização do rio São Francisco, como forma de evitar a sua total degradação”, disse Francisco Tenório.
Na opinião do deputado, o rio São Francisco é um patrimônio da União e desta forma não se pode permitir que suas águas sejam privatizadas através da venda da Chesf. “Desde que o rio São Francisco foi descoberto tem se investido dinheiro público na sua exploração e nada na sua preservação. Imagine se a Chesf vier a ser vendida para uma empresa multinacional e ela retire os recursos do rio e não se preocupe em revitalizar o nosso rio da integração nacional?”, indagou o deputado.
Por fim, Tenório disse que não vê o presidente Michael Temer com representatividade social e política para vender um patrimônio público como a Chesf. “Admira-me um presidente da República querer fazer uso do patrimônio pública do país para cobrir rombo financeiro. É uma coisa inexplicável, até porque o presidente Temer não tem legitimidade para vender um patrimônio da nação brasileira”, concluiu.
Em aparte, o deputado Inácio Loiola (PSB) disse que a situação atual do rio São Francisco é bastante grave e se posicionou contrário a privatização da Chesf. “O maior problema do Brasil é a situação de degradação que passa o rio da integração nacional e, para agravar muito mais este quadro, o Governo Temer, de forma inexplicável, coloca a venda parte da Eletrobras e a Chesf”, afirmou. Inácio disse ainda que, de 1956 até 2017, a Chesf investiu na construção de hidrelétricas em torno de R$ 81 bilhões, sem levar em consideração suas redes de transmissão, e está sendo colocada a venda por cerca de R$ 15 bilhões. “Uma coisa inexplicável”, concluiu.