Gabi Gonçalves comemora entrada em vigor da lei que modifica as regras para laqueadura
A Lei nº 14.443/2022, que reduz de 25 para 21 anos a idade mínima para que mulheres possam realizar laqueadura e homens, vasectomia, não mais dependendo de autorização de cônjuge para o procedimento, em vigor desde o último dia 5, foi comemorada pela deputada Gabi Gonçalves (PP). Para ela, essa foi mais uma conquista das mulheres. “A partir do início da semana, as mulheres tiveram direito de falar sobre o seu próprio corpo. Nosso corpo, nossas regras”, destacou a parlamentar. “Em pleno século XXI, ainda tínhamos uma lei onde os maridos podiam discorrer sobre as nossas vontades. Historicamente, eles sempre decidiram sobre as nossas prioridades e diziam que as nossas conquistas não eram nossas”, declarou Gabi, da tribuna da Casa, durante a sessão plenária desta quinta-feira, 9.
A parlamentar prosseguiu dizendo que hoje é dia de mais uma conquista, de falar dessa luta e de dizer que, a partir de 2023, as mulheres terão voz para decidir sobre o planejamento familiar. “Eu gostaria de dizer que as mulheres poderão, a partir dos 21 anos, requisitar a laqueadura, com ou sem filhos. Coisa que na lei anterior não era possível sem a anuência do marido”, comemorou Gabi Gonçalves, destacando a edição da lei como um marco histórico nas vidas das mulheres brasileiras.
Em apartes, o deputado Lelo Maia (União Brasil) e a deputada Rose Davino (PP) contribuíram com o pronunciamento da colega de plenário. Maia ressaltou o fato de que esse é um avanço na saúde pública. “Uma vez que a lei prevê que o homem também possa fazer a vasectomia sem o consentimento da sua cônjuge. Esse foi um avanço na saúde pública tanto para o homem quanto para a mulher”, observou Lelo Maia. Rose Davino entende que a aprovação dessa lei representa a voz da mulher e, assim como a colega de partido, acredita ser um momento histórico. “Passei por isso no meu segundo filho. Eu tive que pedir autorização ao meu marido para fazer a laqueadura. Foi um problema, porque eu estava no Rio de Janeiro e ele aqui, em Maceió. Ele teve que ir até lá para poder autorizar a minha cirurgia. E isso é muito importante. Nós somos donas do nosso próprio corpo”, justificou a parlamentar.