Galba Novaes acusa Braskem de superestimar gravidade da situação dos poços de sal-gema
O deputado Galba Novaes (MDB) acusou a Braskem de ter superestimado a gravidade geológica dos poços de sal-gema e de ter se apropriado de uma área de R$ 40 bilhões de Maceió. As denúncias foram feitas no plenário da Assembleia Legislativa na tarde desta terça-feira, 11. "A Braskem, que causou o maior desastre ambiental mundial, durante 5 anos também vem contaminando a sociedade com um marketing forte, fazendo com que as pessoas se apaziguassem com os problemas", afirmou o parlamentar.
Citando casos chocantes de pessoas que perderam tudo, relatados em sessão especial sobre o tem ocorrida em 2019, Galba lembrou que todos os envolvidos (incluindo agentes da Justiça, ciência e moradores) estavam no evento, mas nenhum representante da Braskem. "Hoje, visitando a 'área proibida', observo que o local está uma maravilha e suspeito de que lá farão um grande loteamento", avisou o deputado, afirmando que a Braskem comprou "a preço de banana" uma região nobre. "Aquilo é nosso, da sociedade, não da empresa, e é uma área com o valor de três anos de orçamento do Estado", afirmou Novaes.
"Como sociedade e como governantes, temos que nos manifestar. Após 5 anos, ao invés de fechar as minas de sal, eles priorizam caçambas cheias de barro", acusou o deputado, sobre o processo de gentrificação do local. Novaes, por fim, ressalta que a Braskem teria superestimado à imprensa a gravidade da situação das minas, para se apossar da estrutura física."
Em aparte, Inácio Loiola (MDB) elogiou o pronunciamento de Novaes. Já o Delegado Leonam se solidarizou com as vítimas, questionando "quem vai frear a Braskem". "Não é só uma questão financeira, mas social", encerrou o deputado.