Galba Novaes denuncia a prática da compra de votos na eleição de Maceió

por Comunicação/ALE publicado 14/09/2016 17h30, última modificação 14/09/2016 17h30

Da tribuna do Parlamento, o deputado Galba Novaes (PMDB) denunciou a prática de compra de votos nas eleições de Maceió. De acordo com o parlamentar, alguns candidatos chegam a pagar entre R$ 50,00 e R$ 70,00 por voto. Já as lideranças estariam sendo compradas por valores que ultrapassam os R$ 2 mil. “Nós, enquanto cidadãos, enquanto parlamentares, devemos acabar com isso. É um absurdo. Não podemos silenciar diante dessa prática criminosa”, disse Galba Novaes, durante a plenária desta quarta-feira, 14.

De acordo com o deputado, quem compra votos não tem compromisso com a sociedade.“O voto comprado está comprando a sua saúde, a sua educação. Que compromisso tem o parlamentar que comprou voto? Que compromisso ele tem com a sociedade, em defender os direitos do funcionalismo público, se ele comprou voto, se não deve nada a ninguém?”, questionou o parlamentar, apelando para que as polícias Federal, Civil e Militar “peguem esses compradores de votos, para que não tenhamos uma Câmara Municipal descomprometida para com a sociedade”.

Em aparte, o deputado Pastor João Luiz (PSC) se associou ao pronunciamento de Novaes e observou que a prática da compra de votos durante as eleições está cada dia pior.“É lamentável que tenhamos que conviver com isso. Nossas autoridades sabem onde estão os cadastros, sabem quem compra e quem vende”, observou João Luiz, destacando a necessidade de flagrantes para que a sociedade possa tomar conhecimento de quem são os compradores de votos.

Infidelidade partidária
Ainda durante a sessão ordinária, Galba Novaes destacou a decisão da Justiça Eleitoral que lhe garantiu a manutenção do mandato. O parlamentar era alvo de ação movida pelo PRB, por alegação de infidelidade partidária. O desembargador eleitoral Gustavo de Mendonça Gomes rejeitou a ação, declarando haver justificativas satisfatórias para a saída de Galba do partido.