Gilvan Barros Filho questiona demora de licença ambiental para instalação de empresa em Girau do Ponciano

por Comunicação/ALE publicado 15/12/2020 12h35, última modificação 15/12/2020 13h27

Durante a sessão ordinária desta terça-feira, 15, o deputado Gilvan Barros Filho (PSD) questionou os entraves burocráticos na liberação de licença ambiental para instalação de empresa no município de Girau do Ponciano. Ele criticou os órgãos governamentais por “tratarem com desatenção” ao protelar e extrapolar os prazos para concessão de licenças a empresas que querem se instalar em Alagoas. De acordo com Barros, uma empresa que apresenta inovadora tecnologia na queima de lixo, oferecendo um menor nível de poluição, vem tentando se estabelecer no Estado desde agosto do ano passado, mas esbarrando na burocracia.

“Estivemos com o governador (Renan Filho), momento em que ele nos questionou a existência dessa mesma tecnologia no Brasil, onde foi afirmado que sim. Também questionamos se o Estado estava disposto a aceitar uma tecnologia nova e o governador nos afirmou que os trâmites seriam bem menores do que nos outros Estados”, informou Gilvan Filho, acrescentando que a mesma tecnologia já vem sendo utilizada nos Estados de São Paulo e Minas Gerais. “Porém, não é isso que vem acontecendo”, assegurou o deputado, afirmando já ter ido várias vezes ao Instituto do Meio Ambiente (IMA ) tratar sobre o assunto, onde os prazos são renovados e novos questionamentos são feitos e prontamente respondidos. No entanto, ainda não foi apresentada nenhuma sentença definitiva. Gilvan Barros Filho contou ainda que técnicos do IMA já foram a São Paulo para conhecer e saber como funciona essa nova tecnologia.

“Infelizmente a presidência do IMA não encaminhou o processo da empresa. E aqui fica o meu questionamento: uma empresa que vem se instalar no Estado e a única coisa que pede é que não atrapalhem”, afirmou o parlamentar, destacando que o empreendimento vai gerar 67 empregos, podendo alcançar o número de 300 empregos indiretos no Agreste de Alagoas, onde não há grandes indústrias. “Quero saber qual motivo se sobrepõe a esses 67 empregos e a esses mais de 300 empregos indiretos, que podem ser gerados quando uma empresa atende todos os requisitos ambientais?”, questionou Gilvan Filho, dizendo que já tentou o diálogo por várias vezes com o Governo, mas não foi ouvido. “Não podemos atrapalhar que empresários façam esforços para gerar empregos em nosso Estado. Nos causa curiosidade em saber qual o real motivo em segurar esse processo”, disse, acrescentando que os empresários perderam a concessão de um empréstimo que estava sendo pleiteado junto ao Banco do Nordeste devido a falta da licença ambiental.

Em aparte, o deputado Cabo Bebeto (PTC) disse não ficar surpreso com fatos dessa natureza partindo do Governo. “Porque ele é recorrente. Quem nunca precisou não está preocupado com quem gera empregos em Alagoas. O que eles querem realmente é dependência, muitas vezes é aquele (ditado): quanto pior, melhor”, observou o parlamentar, citando como exemplo a situação dos empresários do setor de cinema em Alagoas.
“Quase todos os setores da economia em Alagoas, bem ou mal, já retomaram suas atividades. No entanto, os empresários do setor de cinema, que empregam muitas pessoas, ainda seguem aguardando liberação para poderem abrir as portas”, disse Bebeto, lembrando que o segmento está parado desde março, e mesmo apresentando total condição de cuidar da segurança de seus clientes, por meio de higienização e sanitização do ambiente, ainda não recebeu o aval do Governo para voltar a funcionar.