Inácio Loiola destaca expedição ao rio São Francisco em comemoração aos 200 ano de Alagoas

por Comunicação/ALE publicado 19/09/2017 18h50, última modificação 19/09/2017 18h50

Dentre as comemorações alusivas aos 200 anos de emancipação política de Alagoas, o deputado Inácio Loiola (PSB) destacou como sendo a de maior importância, a viagem que o governador Renan Filho, juntamente com o governador de Sergipe, Jackson Barreto, fez pelo rio São Francisco na última sexta-feira, 15. A avaliação foi feita por Loiola em pronunciamento durante a plenária desta terça-feira, 19, na Assembleia Legislativa.

A viagem teve início na cidade de Piranhas e seguiu até Penedo, onde houve um ato em defesa do Rio São Francisco. Além de Inácio Loiola, os deputados Ronaldo Medeiros (PMDB), Francisco Tenório (PMN), Dudu Hollanda (PSD), Ricardo Nezinho (PMDB), Carimbão Junior (PHS) e a deputada Jó Pereira (PMDB), bem como secretários de Estado, também fizeram parte da comitiva governamental.

“Venho dizendo há anos que o maior problema do Brasil é a degradação do rio São Francisco”, observou Loiola, lembrando que quando foi descoberto, em 1501, por Américo Vespúcio, a água do rio foi coletada em alto-mar, a 60 km de sua foz. “Ou seja, o São Francisco era um rio sadio, pujante e hoje é um rio doente, um paciente que está na UTI”, lamentou o parlamentar.

Loiola destacou a importância do São Francisco para o Nordeste informando que o rio é o responsável por 95% da energia gerada pela Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco); é responsável por 75% do potencial hídrico do Nordeste; por 300 mil hectares de projetos de irrigação ao longo de sua bacia hidrográfica; e pelo abastecimento de inúmeras cidades dos Estados de Minas Gerais, Pernambuco, Bahia, Alagoas e Sergipe, e, após o projeto de transposição do rio, abastece ainda cidades na Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. “O rio São Francisco é responsável por inúmeros projetos de piscicultura ao longo dos seus 2.700 km de extensão. Ele também tem papel importantíssimo numa atividade que cresce a cada dia, o turismo”, ressaltou o parlamentar, informando que quando de sua descoberta o São Francisco tinha uma vazão aproximada de 12 a 15 mil metros cúbicos por segundo e, atualmente, sua vazão está em torno de 550 metros cúbicos por segundo.

Em aparte, o deputado Francisco Tenório (PMN) se solidarizou ao pronunciamento do colega e sugeriu a realização de uma audiência pública para discutir a problemática que envolve o rio. “Durante essa viagem pude ver o quanto o rio está assoreado. Com o aumento do tamanho das ilhas, com as margens com bastante areia, criando inclusive dificuldade para navegação do barco em que estávamos”, contou Tenório.

Outro que também se solidarizou com Inácio Loiola foi o deputado Tarcizo Freire (PP). O parlamentar disse que sempre se posicionou contra a transposição do São Francisco devido aos problemas que o rio já vinha enfrentando. “No meu entender, é como tirar sangue de um anêmico. É chegada a hora de refletirmos sobre essa questão do São Francisco”, disse.

A deputada Jô Pereira (PMDB) sugeriu a criação de uma frente parlamentar em defesa do rio São Francisco. “E a partir daí, levarmos, através de uma caravana, essa mensagem sobre a importância e a necessidade de revitalizar o rio São Francisco para os outros Estados que são beneficiados por ele”, justificou a deputada.

Já o deputado Antonio Albuquerque (PRB) observou que não é apenas o rio São Francisco que está degradado, há outros cursos d'água que precisam da atenção da sociedade e se colocou a disposição para compor a comissão em defesa do São Francisco. “Quero dizer que é indispensável que haja uma conscientização de forma maciça nos diversos meios de comunicação para que a população entenda a importância de se preservar o meio ambiente”, disse.

O deputado Sérgio Toledo (PSC) também se posicionou sobre o assunto e se colocou à disposição para atuar na frente em defesa do São Francisco. Mas, assim como Albuquerque, Toledo chamou a atenção para outros rios importantes para o Estado. “Não há um projeto em defesa desses mananciais, das nossas águas, da nossa vida. Porque água é vida”, observou Toledo.