Inácio Loiola lembra passagem dos 62 anos do impeachment de Muniz Falcão

por Comunicação/ALE publicado 12/09/2019 18h05, última modificação 12/09/2019 18h05

Da tribuna do Parlamento alagoano, durante a sessão ordinária desta quinta-feira, 12, o deputado Inácio Loiola (PDT) lembrou a passagem dos 62 anos do processo de impeachment do então governador de Alagoas, Muniz Falcão. Em 13 de setembro 1957, entrincheirados na Assembleia Legislativa, aliados e opositores de Falcão deflagraram um dos embates mais violentos da história do Estado. O intenso tiroteio, dentro da Casa de Tavares Bastos, durou cerca de 40 minutos, ganhou repercussão mundial e resultou na morte do deputado Humberto Mendes. Outras cinco pessoas ficaram feridas: o jornalista carioca Márcio Moreira Alves, do jornal Correio da Manhã, os parlamentares Júlio França, Carlos Gomes de Barros e José Afonso, além do servidor Jorge Pinto Dâmaso.

“Conforme relatos da época, o tiro que matou o parlamentar Humberto Mendes saiu da arma do também deputado Virgílio Barbosa. A notícia do assassinato causou comoção popular e o povo queria invadir a Assembleia Legislativa sendo contido pelo Exército, que já tinha tomado a praça D. Pedro II”, contou Inácio Loiola, acrescentando que, após o sepultamento de Mendes, em Palmeira dos Índios, o então presidente da República, Juscelino Kubitschek, decretou intervenção no Estado de Alagoas, nomeando o general Armando Moraes Âncora “para ajudar a governar, cuidando da polícia”. “Muniz Falcão não aceitou e passou o cargo ao vice, Sezinando Nabuco, e viajou para o Rio de Janeiro, retornando ao cargo em 24 de janeiro de 1958, cumprindo o resto do mandato”, disse.

Prosseguindo o discurso, Inácio Loiola destacou que, de acordo com o historiador Douglas Apratto, em sua obra “A tragédia do populismo”, a administração de Muniz Falcão foi um governo saído das entranhas da massa e exercitou com maestria o populismo. “Ousando confrontar-se com a aristocracia local. Porém teve seu ponto fraco, foi incapaz de coibir os desmandos e as truculências de seus correligionários”, ressaltou. “E nós, parlamentares alagoanos devemos celebrar essa convivência pacífica que a Casa Tavares Bastos vive nos últimos anos e, ao mesmo tempo, ficar alerta pelo momento atual do Brasil, quando o viés do autoritarismo tenta sufocar nossa democracia”, completou Loiola.

Dia Mundial do Agrônomo
Durante sua fala, o deputado Inácio Loiola registrou ainda a passagem do Dia Mundial do Agrônomo, que é celebrado anualmente no dia 13 de setembro. Ele parabenizou a todos os profissionais que atuam direta ou indiretamente no setor agropecuário, da agricultura e da agronomia.