Inácio Loiola sugere parcerias para recuperação dos instrumentos culturais do Estado
Em pronunciamento durante a sessão plenária desta terça-feira, 3, o deputado Inácio Loiola (PDT) lamentou o desabamento de parte do teto do museu Pierre Chalita, no Centro de Maceió, no último sábado, 29. Loiola contou que foi procurado pelo engenheiro Vinícius Maia Nobre, preocupado com o ocorrido. Segundo informações do deputado, a gestão do museu Pierre Chalita é de iniciativa privada e que sugeriu a realização de uma reunião conjunta para discutir possibilidades de parceria público-privada (PPPs) para recuperação dos instrumentos culturais do Estado. “Inclusive, com a participação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), para assegurar o funcionamento desses locais que são patrimônios do povo alagoano”, informou Inácio Loiola.
Ele prosseguiu contando que o acervo do museu é constituído com parte das mais de 2.270 obras pertencentes a Fundação Pierre Chalita. “Abrange várias coletâneas de pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, objetos decorativos e o núcleo de arte sacra originário do Brasil e de outros países datados entre os séculos XVII e XX”, contou Loiola, acrescentando que a finalidade das PPPs seria de promover a abertura de novas ideias, gestão e financiamentos para tornar esses locais mais seguros aos freqüentadores e nas ações de preservação da memória cultural do Estado.
Os deputados Sílvio Camelo (PV) e Bruno Toledo (PROS) também se posicionaram sobre a questão. Camelo informou que protocolou requerimento dirigido ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), em Alagoas. “Inclusive, o diretor do Iphan esteve lá (no museu), no sábado, e solicitou que empreendêssemos esforços junto a bancada federal e ao Iphan nacional visando obter recursos para a reforma e reabertura do museu Pierre Chalita”, contou Camelo.
Ao se associar ao pronunciamento de Loiola, Bruno Toledo fez questão de destacar a importância e o legado deixado pelo artista plástico Pierre Chalita. “Nos deixou recentemente, mas a sua obra está eternizada, inclusive com obras neste Poder. É importante que todo esse acervo deixado por Pierre Chalita seja preservado”, disse.
Pão de Açúcar
A emancipação política do município de Pão de Açúcar também foi destaque no pronunciamento de Inácio Loiola. Ele parabenizou a população da cidade e ressaltou a cultura e história de uma das mais belas cidades margeada pelo rio São Francisco. Historiador que é, o parlamentar discorreu um pouco sobre a fundação do município, localizado no Sertão alagoano, e distante 235 km de Maceió. “Pão de Açúcar foi fundada sob o nome de Jaciobá, porque era habitada pelos índios Urumaris e na linguagem guarani, Jaciobá tem o significado ‘Espelho da Lua’”, contou Loiola. “Nesses últimos anos, Pão de Açúcar passa por um processo de degradação e de destruição, por conta do descaso das últimas administrações municipais”, lamentou o deputado, observando que a cidade tem muitas potencialidades. “Pela sua história, sua cultura, o rio, seus casarios e, lamentavelmente, Pão de Açúcar está esquecida pela atual gestão municipal”, criticou.