Informações sobre vacinação e segunda dose do imunizante são temas de debate
O deputado Davi Maia (DEM) cobrou transparência do Governo na divulgação dos dados sobre a vacinação contra a Covid-19 no Estado. Ele também criticou a postura do governador Renan Filho que, em publicação nas suas redes sociais, discordou da decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em negar a importação da vacina russa Sputnik V. "Precisamos saber os critérios adotados na distribuição das vacinas", disse Maia, questionando sobre qual o número de vacinas em estoque.
Em seguida, o deputado disse que o Governo Federal informou o envio de 728 mil vacinas para Alagoas. “Você vai no sistema do Governo Federal e existe a informação que o município de Pariconha recebeu 1.492 vacinas. No sistema de Alagoas informa que foram aplicadas 6.102 vacinas no mesmo município”, contou Davi Maia, observando que Pariconha possui cerca de 10.000 habitantes e, sendo assim, praticamente 60% da população teria sido imunizada.
O parlamentar prosseguiu cobrando dados referentes aos municípios de Murici e Marechal Deodoro, que já estariam anunciando vacinação para pessoas a partir de 52 anos. “Por que essa regra não é estadual? A única coisa que eu peço é informação”, protestou Davi Maia.
O deputado Léo Loureiro (PP) informou que, na condição de presidente da Comissão de Saúde da Casa, esteve reunido com o secretário de Saúde, Alexandre Ayres, para pedir um relatório sobre a chegada e a distribuição dos imunizantes no Estado. “Para onde cada uma foi, os critérios, todas as atas de reuniões do Programa Nacional de Imunização (PNI). Portanto, deputado Davi, fico muito feliz quando a Casa se coaduna com o mesmo pensamento”, declarou Loureiro, acrescentando que até o começo da próxima semana, a Comissão de Saúde deverá estar de posse das informações, que serão repassadas para cada um dos deputados.
O deputado Cabo Bebeto (PTC) também cobrou transparência no processo de vacinação em Alagoas e criticou o Governo do Estado por não reservar a segunda dose dos imunizantes para finalizar o processo de imunização. “Nós sabemos que, de acordo com o protocolo, quando o cidadão toma a primeira dose, a segunda dose tem que ser guardada para ele”, observou Bebeto, dizendo que está aguardando a entrega dos relatórios da Sesau para entender quais as causas desses transtornos em Alagoas.
O deputado Ronaldo Medeiros (MDB) assegurou que todas as vacinas são guardadas pelo Governo do Estado. No entanto, lembrou que o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, orientou aos Estados e municípios que, para acelerar o processo de imunização dos brasileiros, não havia necessidade de reservar a segunda dose. “Um ministro diz uma coisa e, com menos de um mês, o outro diz outra”, ressaltou Medeiros, acusando o Governo Federal de ser o responsável pela falta da segunda dose dos imunizantes.
Leitos
Em seguida, o deputado Silvio Camelo (PV), líder do Governo no Parlamento, informou que a rede hospitalar de Alagoas inicia a semana com 76% de ocupação de leitos de UTIs. “Após quase dois meses de crescimento na taxa de ocupação e de um grande esforço para expansão da oferta de leitos, estamos finalmente visualizando no horizonte a queda gradual da ocupação hospitalar, a partir de medidas restritivas e com a colaboração da população”, informou o governista.