Invasão da sede do Incra gera debate em plenário
Durante a sessão ordinária desta terça-feira, 30, os deputados Cabo Bebeto (PL) e Ronaldo Medeiros (PT) discordaram sobre a ação de ocupação da sede do Incra (Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização de Reforma Agrária), no Centro de Maceió, promovida por membros de movimentos sociais agrários.
Primeiro a falar, Cabo Bebeto criticou a invasão. "Eles ocuparam a rua, esquecendo-se da lei 8.986/2023, que estabelece multas e sansões para quem pratica invasões contra propriedades públicas e privadas", lembra o parlamentar, incentivando a população a fazer denúncias ao Ministério Público sobre a invasão. "Já oficiei o que acontece no Centro e peço apoio para que comerciantes, trabalhadores dos bancos e camelôs façam o mesmo", finalizou o deputado, afirmando que com a invasão há restrições de passagem no local.
Por outro lado, Ronaldo Medeiros traçou um paralelo com o que aconteceu na Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2022, em Brasília, para defender a ação. "Os invasores do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal é que são baderneiros, destruidores do patrimônio público e delinquentes", afirmou Medeiros, dizendo que o que acontece no Centro de Maceió é uma manifestação pacífica.
"Os trabalhadores apenas querem ter no Incra/AL um órgão que ajude e que trabalhe pela reforma agrária, pela agricultura familiar e pela paz no campo", explicou Ronaldo Medeiros, afirmando que no Incra não houve depredação nem quebra-quebra. "O pessoal está fazendo uma manifestação pacífica e ordeira, ao contrário daqueles que atentaram contra a democracia e contra a Constituição", finalizou Medeiros. Cabo Bebeto reforçou que a invasão é ilegal, e que se a cobrança e por mudanças no Incra, ela deve ser encaminhada ao deputado federal Arthur Lira (PP/AL), responsável pela indicação de gestão do órgão.