Jó Pereira alerta para os riscos de contágio da Covid-19 em usuários e trabalhadores do transporte público
Em pronunciamento durante a sessão desta terça-feira, 20, a deputada Jó Pereira (MDB) demonstrou preocupação com a precariedade do transporte público coletivo (TPC) no Brasil, considerado um dos ambientes favoráveis a propagação e risco de contágio da Covid-19. De acordo com a parlamentar, essa é uma questão que precisa, urgentemente, avançar no Brasil, para que se possa fazer justiça social e reduzir o número de contaminados pelo coronavírus. Para tanto, ela apresentou uma indicação, solicitando ao Governo do Estado que seja estabelecida prioridade na vacinação contra a Covid-19 para os usuários do transporte público coletivo, simultaneamente à vacinação das pessoas com comorbidades.
A deputada observa que, de quatro a seis pessoas ocupam um metro quadrado dentro de um ônibus, sendo essa a mesma aglomeração que ocorre nos shows e jogos de futebol, porém esse tipo de evento é opcional, mas o transporte é obrigatório. “Esse drama é vivido por trabalhadores, estudantes, ambulantes, empreendedores MEI, domésticas, idosos, grávidas e crianças, e saliento, principalmente os mais vulneráveis economicamente”, ressalta Jó Pereira, observando que além disso, os usuários, na maioria das vezes, não têm condições de adquirir na quantidade e na qualidade necessária todos os itens de proteção.
“Essa Casa precisa ser a voz daqueles que são o grupo de maior risco de contágio. Nenhum plano de isolamento social tem trazido em suas determinações algo no sentido de reduzir os riscos de contágio nos transportes públicos coletivos”, prosseguiu Jó Pereira, apelando aos pares que aprovem a indicação.
Em aparte, o deputado Ronaldo Medeiros (MDB) foi solidário ao pronunciamento da colega, criticando a postura dos empresários do setor que, na opinião dele, só visam o lucro. “Os poderes públicos fecham os olhos para isso. Vemos, aqui em Maceió, ônibus superlotados e, fora do horário de pico, os empresários reduzindo a frota, com a conivência do poder público”, acusou Medeiros, informando que em conversas com o secretário de Saúde, Alexandre Ayres, e com o Governo do Estado, já havia manifestado sua preocupação com os riscos de contaminação por Covid-19 enfrentados pelos usuários do transporte público.