Jó Pereira pede ação e diálogo no momento de agravamento da pandemia
A deputada Jó Pereira (MDB) usou a tribuna da Casa nesta terça-feira, 16, para mostrar sua preocupação com a segunda onda da pandemia, que chega ainda mais forte. “Uma onda anunciada, e menosprezada, aqui e em muitos locais desse nosso Brasil continental, que tem se perdido na falta de diálogo, na dicotomia dos contra distanciamento social, esses que chamam essa pandemia de gripezinha e defendem o uso da cloroquina, contra aqueles que são favoráveis ao distanciamento social”, disse.
A deputada afirmou que é hora de todos buscarem responder à real necessidade do momento da população e ir pela lógica da ciência. “Temos, nós da classe política, que fazer nossa 'mea culpa', pois decidimos pela realização das eleições. Com certeza não foi o motivo dessa segunda onda, ela acontece mundialmente, mas nos tirou muito a credibilidade. Realizamos por preciosismo do processo democrático e o seu calendário”, destacou.
Ainda em seu discurso, Jó Pereira disse que não se sente desconfortável de agora solicitar, se necessário, o lockdown. “A saúde coletiva, a vida do alagoano tem de estar em primeiro lugar. O lockdown só tem uma razão de ser decretado, evitar o contágio em um ritmo acima da capacidade de atendimento do sistema de saúde, seja ele privado ou público, porque em tempo de guerra ou pandemia só existe um tipo de hospital, nem é o verdadeiro, nem o de campanha, é o que atende e resolve. Aquele que garante vidas”, disse.
Ludhmila Hajjar
A deputada ainda lamentou que a cardiologista Ludhmila Hajjar não tenha ficado à frente do Ministério da Saúde. “Nesse episódio, da quarta troca de ministro da Saúde do Brasil, tivemos, em um primeiro momento, uma médica, uma mulher sendo cotada para assumir o cargo, a convite do presidente. Reuniu-se com ele, segundo noticiais, mas não foi efetivada, infelizmente. Digo infelizmente muito mais pela ausência de mulheres nos postos de decisão, do que necessariamente por ela”, afirmou.
Jó Pereira fez questão de destacar que as mulheres têm demostrado no mundo maior assertividade, conforme colocação da ONU, no combate à pandemia. “Mulher tem visão holística e muita empatia. Isso soma nas tomadas de decisões. Estamos sempre prontas para ajudar, assim como para decidir, para executar, quando nos permitem”, concluiu.