Marcelo Beltrão destaca matéria jornalística sobre golpe aplicado pela Universidade Brasil

por Comunicação/ALE publicado 11/09/2019 19h11, última modificação 11/09/2019 19h11

O presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Beltrão (MDB), usou a tribuna da Casa, nesta quarta-feira, 11, para repercutir a matéria veiculada no Fantástico, no último domingo, que trata da investigação sobre compra de vagas, transferências e fraudes na concessão do Financiamento Estudantil do Governo Federal (Fies) pela Universidade Brasil. As denúncias, segundo o deputado, levaram a prisão de 19 pessoas, entre elas o reitor e dono da Universidade Brasil, José Fernando Pinto da Costa. “São pessoas que possuem patrimônio bilionário enquanto a universidade estava com dificuldades financeiras, faltando até equipamentos e insumos de higiene pessoal”, disse.

O deputado afirmou que, sobre ao assunto, já existiam denúncia no Ministério da Educação, como o caso de um aluno de Medicina que não conseguiu uma boa pontuação no vestibular. Na lista, o número dele era 618. A Universidade Brasil tinha somente 205 vagas, mas ele foi aprovado. “A Faculdade buscava alunos fora do país para entrar em sua instituição, e os estudantes que vinham do exterior entraram nesta universidade por meio de vestibular forjado e transferência mediante pagamento”,afirmou.

Ainda em seu pronunciamento, Marcelo Beltrão afirmou que ainda tinha um combo de R$ 120 mil que dava direito a entrada no curso de Medicina junto com o Fies. “O sujeito pagava para entrar e ainda era financiado pelo Governo Federal. Prejuízo de R$2,5 bilhões aos cofres públicos. O MEC instaurou um processo administrativo para investigar possível participação de servidores do ministério e suspendeu a instituição para novos contratos com o Fies”, disse.

Beltrão disse que levou este assunto à tribuna da Assembleia Legislativa porque a Universidade Brasil foi citada na audiência pública, realizada em Penedo, como umas das soluções para quem queria cursar Serviço Social naquela região. “Todas as pessoas que prestaram o processo seletivo conseguiram sucesso e adentraram nas faculdades. Acredito que se trata do maior golpe de estelionato coletivo praticado no Estado de Alagoas”, destacou.

Beltrão afirmou que recentemente a Faculdade Albert Einstein, que fez um convênio com o Instituto Educacional Teológico e Cultural (IETC), cancelou 145 diplomas que tinham expedido para alagoanos. “Quero pedir o apoio dos colegas deputados para seguir adiante na apuração destas denúncias. Temos chancelados pela Universidade de Alagoas (Uneal), de 2016 até agora, 35 mil diploma e não sabemos quantos deles foram feitos com a chancela de forma irregular. O golpe ainda está sendo aplicado contra os alagoanos que têm o sonho de ter um curso superior e estão sendo enganados. Isto precisa acabar”, alertou.