No Dia Mundial da Água, Inácio Loiola alerta para escassez dos recursos hídricos
Comemorado nesta quarta-feira, 22, o Dia Mundial da Água foi o tema do pronunciamento do deputado Inácio Loiola (PSB), na sessão plenária de hoje. Ele expôs sua preocupação com as questões hídricas no Nordeste brasileiro e ressaltou que um dos graves problemas enfrentados pelo planeta é a escassez de água. “Tenho dito que a escassez de água vai ser responsável, neste século, pelos grandes conflitos e guerras que teremos”, disse Loiola, informando que 75% da área territorial do planeta Terra é composta de água, no entanto, os mares e oceanos correspondem a 97,5%.
“E só nos restam apenas 2,5% de toda água existente no planeta, que é exatamente a água doce. De acordo com estudos feitos pela ONU, a média de consumo mundial por pessoa, atualmente, é de 110 litros/dia. E por incrível que pareça, aqui em Maceió, o consumo de água está abaixo dessa média”, informou Inácio Loiola. Ainda segundo dados apresentados pelo parlamentar, atualmente, dois bilhões de pessoas no mundo já sentem o reflexo da escassez de água como também da má qualidade do produto. “A previsão é que em 2025 em torno de 3,5 bilhões de pessoas vão enfrentar dificuldades em ter acesso a água ou consumir água de péssima qualidade”, lamentou Loiola.
Em aparte, o deputado Leo Loureiro (PPL) se associou ao pronunciamento do colega de plenário e destacou a importância do tema. “É cada vez mais estarrecedora a situação da água potável. É preciso que se tenha um trabalho no sentido de cuidar e preservar nossas reservas e nascentes”, declarou Loureiro. O deputado Francisco Tenório (PMN) também manifestou preocupação com as questões hídricas e chamou a atenção para o tema, tendo em vista estarmos passando um dos momentos mais difíceis no que diz respeito aos recursos hídricos, especialmente com a estiagem que atinge o semiárido nordestino. “Nunca vi uma seca como essa durante toda a minha vida. Tive a preocupação em andar pelo leito de alguns rios e se tem a impressão de que nunca passou água por ali. Secaram totalmente. Isso aqui na Zona da Mata, imaginem no Sertão”, declarou.
Também em aparte, o deputado Rodrigo Cunha (PSDB) disse que o Dia Mundial da Água é uma data importante, mas que em Alagoas não há o que comemorar. Ele disse que fez um levantamento sobre como anda a política pública voltada para a água no Estado e observou que o Governo não vem cumprindo com o previsto no Orçamento e no Plano Plurianual. “Aquilo que foi planejado, que nós aqui aprovamos para mudar a realidade dos perímetros de irrigação não está sendo respeitado”, criticou o tucano, informando que apresentou requerimento para realização de uma audiência pública visando debater as questões relativas ao abastecimento de água em Arapiraca. Na opinião do deputado Gilvan Barros Filho (PSDB) é preciso que neste Dia Mundial da Água, Alagoas, que já vem se utilizando de paliativos para aplacar os reflexos da estiagem no semiárido do Estado, estabeleça um cronograma, com base em estudos técnicos, no sentido de promover a melhoria no uso e racionamento de água nessas regiões afetadas. “Isso precisa passar a ser um programa de estado e não de governo. Tem que ser tomada essa atitude o quanto antes, para que possamos saber utilizar a água de forma correta”, avaliou o parlamentar.
Outro que se posicionou sobre o tema foi o deputado Edval Gaia Filho (PSDB). Na visão dele, a escassez de água é um problema grave e citou como exemplo o que vem ocorrendo em Palmeira dos Índios, município cercado por fontes de águas, mas que tem sofrido com os efeitos da seca. “E por mais que o Governo tenha realizado obras, não tem conseguido atender as necessidades da região”, contou. Para a deputada Jó Pereira (PMDB), o Dia Mundial da Água serve como um momento de reflexão e análise das políticas públicas que estão sendo executadas. “Vivemos uma crise hídrica sem precedentes na história recente do Estado e que ultrapassou os limites das fronteiras do semiárido e adentrou no agreste e litoral”, disse a parlamentar. O deputado Sergio Toledo (PSC) também fez questão de emitir sua opinião sobre o tema. “A quantidade de nascentes, de rios e de lagoas que existem em Alagoas é suficiente para se fazer bons projetos para a agricultura, pecuária enfim, tudo que precisamos”, disse citando como exemplo o que já vem sendo feito através da transposição do Rio São Francisco e o Canal do Sertão.