Outubro Rosa: Assembleia promove ciclo de palestras sobre a prevenção, o diagnóstico e o tratamento do câncer

por Comunicação/ALE publicado 20/10/2015 14h43, última modificação 20/10/2015 14h43

O plenário da Assembleia Legislativa se vestiu de rosa nesta terça-feira, 20, para oficializar sua adesão ao “Outubro Rosa”, com a realização de um ciclo de palestras e atividades sobre a prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama. O evento é de iniciativa do presidente da Casa, deputado Luiz Dantas, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), a Câmara de Vereadores de Maceió e a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Mama. Os trabalhos da Mesa foram coordenados pela deputada Jó Pereira (DEM), que também proferiu palestra sobre a lei n° 12.732/2012, que dispõe sobre o tratamento de paciente com neoplasia maligna.

A abertura dos trabalhos foi marcada pela leitura de uma mensagem do chefe do Legislativo, que mesmo estando fora do Estado para tratamento de saúde, fez questão de render homenagens e destacar a importância do movimento. Na mensagem, cuja leitura ficou a cargo do assessor da presidência, Igor Bittar, o presidente afirma que “quando o Parlamento alagoano formulou o convite a todos os participantes para o ciclo de palestras, o fez pelo dever institucional. Fez também pela sintonia com o clamor que vem das ruas”. Ele reafirmou o apoio e solidariedade da Casa à rede Feminina de Combate ao Câncer de Mama e o compromisso de manter a parceria em defesa da saúde e da vida do povo alagoano.

Durante a plenária, a Dra. Socorro Santa Maria fez uma explanação sobre a atuação da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Mama e sobre o movimento “Outubro Rosa”. De acordo com ela, a rede é uma ONG (organização não governamental), que conta com a colaboração de 120 mulheres que trabalham em prol das pessoas acometidas pelos diversos tipos da moléstia, em Alagoas. “Temos uma casa de apoio com 40 pacientes que vêm do interior para tratamento de quimioterapia e radioterapia, em Maceió”, informou Santa Maria, lembrando que o trabalho da ONG não se limita apenas ao tratamento, mas se estende a realização de palestras visando a prevenção e apoio psicológico aos doentes.

Médica ginecologista e vereadora por Maceió, Fátima Santiago realizou palestra sobre sua experiência no tratamento de mulheres acometidas de câncer do colo uterino e do ovário, destacando a importância do diagnóstico precoce. A infecção pelo HPV (papilomavirus humano) e sua relação com o câncer de colo de útero também foi abordada pela médica. O câncer de colo de útero é o segundo tumor mais freqüente em mulheres, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), perdendo apenas para o de mama, e mata mais de cinco mil mulheres ao ano. “O HPV é o grande vilão do câncer do colo de útero. Atualmente existe mais de 150 tipos de HPV, mas nem todos são oncogênicos. Nós tratamos, não pela possibilidade de se tornarem câncer, mas por serem focos para outras infecções que possam insurgir a doença”, observou Fátima Santiago, que destacou a importância do engajamento do Parlamento na campanha “Outubro Rosa”.

A deputada Jó Pereira proferiu palestra alertando para os direitos das vítimas de câncer, em especial a Lei 12.732/2012, que assegura aos pacientes com neoplasias malignas o direito de iniciar o tratamento em até dois meses após o diagnóstico. A parlamentar lamenta que, mesmo após dois anos em vigor, a lei não esteja sendo cumprida. “Infelizmente, digo com muita tristeza, essa lei ainda não está sendo cumprida. Precisamos fazer com essa lei se torne uma política pública eficaz, que traga resultados práticos na vida das pessoas”, lamentou Jó, atribuindo a ineficácia da lei a falta de gestão por parte das autoridades competentes. “O Sistema Único de Saúde (SUS) precisa ser revisto, pois é um sistema de financiamento e execução tripartite – União, Estado e Município – onde cada um desempenha o seu papel e nessa repartição de responsabilidades acaba se jogando de um ente para o outro. Então, existe sim uma falta de gestão e de prioridade no tratamento, não só na questão da neoplasia maligna, mas de vários outros tipos de doenças”, criticou a deputada.

O evento contou com a participação da representante da Secretaria de Estado da Saúde, Carmem Nascimento, do Ministério Público do Estado, a promotora de Justiça, Marluce Caldas, e de diversos segmentos da sociedade organizada a exemplo de Nadja Reis, da ONG Renascer, Luzia Suruagy, da rede de Combate ao Câncer de Mama, da psicóloga de Medicina Física do Pam Salgadinho, Simone Alves e da professora de Educação Física, Mirna Maria da Silva, que deu seu testemunho de luta contra um câncer de mama.

João Aderbal Moraes
João Aderbal Moraes disse:
25/10/2015 10h53
Faltou chamar o representante da Sociedade Brasileira de Mastologia - Alagoas, que é a entidade com valor lega para representar os médicos especialistas em doenças da mama, em especial o câncer de mama, que é o objetivo da Campanha Outubro Rosa.
João Aderbal Moraes
João Aderbal Moraes disse:
25/10/2015 10h53
Faltou chamar o representante da Sociedade Brasileira de Mastologia - Alagoas, que é a entidade com valor lega para representar os médicos especialistas em doenças da mama, em especial o câncer de mama, que é o objetivo da Campanha Outubro Rosa.
João Aderbal Moraes
João Aderbal Moraes disse:
25/10/2015 10h53
Faltou chamar o representante da Sociedade Brasileira de Mastologia - Alagoas, que é a entidade com valor lega para representar os médicos especialistas em doenças da mama, em especial o câncer de mama, que é o objetivo da Campanha Outubro Rosa.
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