Panfleto distribuído pelo Conselho Regional de Psicologia gera debate em plenário
O conteúdo de um panfleto distribuído durante o “Jaraguá Folia”, ocorrido no último dia 22, e assinado pela Comissão de Direitos Humanos e pelo Conselho Regional de Psicologia (CRP/AL) denominado “(Res)pire”, foi duramente criticado pela maioria dos parlamentares, durante a sessão ordinária desta quarta-feira, 27. O assunto foi levantado inicialmente pelo deputado Dudu Ronalsa (PSDB).
"Precisamos solicitar ao CRP/AL explicações sobre o objetivo de um material como esse, que ensina como o usuário deve utilizar as drogas. O panfleto fala em sete tipos de produtos, mencionando a maconha, o loló, a cocaína e outras. Acho que droga nenhuma deve ser incentivada”, observou Ronalsa, sugerindo ainda que o parlamento emita uma nota de repúdio pela atitude.
Em pedido de aparte, o deputado Cabo Bebeto (PSL) sugeriu que os parlamentares encaminhem uma denúncia à Polícia Federal contra Conselho Regional de Psicologia. “O conteúdo explica qual o melhor papel para fumar a maconha e como utilizar a cocaína. Conheço psicólogos que reprovaram tal atitude. Poderia ter sido uma campanha para instruir o não uso desses produtos ilícitos”, sugeriu.
A deputada Flávia Cavalcante (PRTB) também mostrou preocupação com a maneira como estes profissionais estão atuando no mercado. “Como será que este profissional trata seus pacientes? Enquanto nós, mães, estamos pensando em resolver os problemas dos nossos filhos, mandando para o tratamento psicológico, a gente acaba criando um problema ainda maior”, analisou.
Os deputados Breno Albuquerque (PRTB), Fátima Canuto (PRTB), Ângela Garrote (PP) e Francisco Tenório (PMN) também criticaram o conteúdo do panfleto e apoiaram o posicionamento de Dudu Ronalsa.
Redução de Danos
O deputado Davi Maia (DEM) afirmou que o panfleto tentou tratar de uma política mundial de redução de danos e sugeriu ainda um debate maior sobre essa iniciativa do Conselho. “Além do CRP, vamos convocar instituições que trabalham com a recuperação de dependentes químicos. A ideia é discutir qual é a política de drogas que teremos no futuro e se tem dado certo aqui em Alagoas. Acredito que os números já mostram que não está dando”, finalizou.