Parlamentares ouvem depoimento de superintendente da vice-governadoria
Os deputados Davi Maia (DEM), Ângela Garrote (DEM) e Silvio Camelo (PV) – líder do Governo na Casa, ouviram nesta quarta-feira, 8, o superintendente de Planejamento, Orçamento, Finanças e Contabilidade do Gabinete do vice-governador, José Carlos Gomes. A convocação foi feita atendendo a um requerimento do deputado Davi Maia e teve como objetivo esclarecer quais as atividades desenvolvidas pelo órgão, tendo em vista que Estado de Alagoas não possui mais vice-governador, já que Luciano Barbosa renunciou ao cargo para assumir a prefeitura de Arapiraca.
O servidor respondeu as perguntas dos deputados presentes e disse que a vice-governadoria faz parte da estrutura da Governadoria e é pautada por três linhas de atuação previstas na lei delegada: gestão estratégica, gestão de Estado e gestão finalística. O funcionário esclareceu ainda que, mesmo sem vice-governador, todas as funções administrativas da estrutura continuam ativas e os servidores foram redistribuídos para outros órgãos do Estado. “Fui contratado para regularizar a parte que ficou pendente no ano passado, referente à vice-governadoria. As despesas do ano passado ocorreram e o Estado teria que honrar tanto com os fornecedores quanto com os credores”, afirmou.
O deputado Davi Maia disse que, após o depoimento do servidor José Carlos Gomes, está provado que a vice-governadoria não tem função e nem necessidade de existir. “Foi comprovado que o servidor responsável por fazer a elaboração da folha não conhecia nenhum servidor nomeado e isso é um absurdo. É dinheiro público descendo pelo ralo, sem falar das despesas de setembro a janeiro do ano passado, quando não existia mais o papel da vice-governadoria. Neste período não tinha ninguém no prédio e, mesmo assim, a vice-governadoria continuava a ter despesas”, afirmou.
Davi Maia disse ainda que neste ano já foram gastos R$ 447 mil e tem mais R$ 700 mil empenhados . “Vamos agora pegar a ata e o vídeo deste depoimento e encaminhar ao Ministério Público Estadual e de Contas para as devidas providências. Este depoimento mostra claramente que por picuinha política o governador gastou mais de R$ 500 mil”, concluiu.