Parlamentares se solidarizam com a população do Pinheiro e cobram ação dos órgãos competentes

por Comunicação/ALE publicado 22/02/2019 16h30, última modificação 22/02/2019 22h26

Todos os deputados presentes à sessão especial que debateu a problemática do Pinheiro, realizada nesta sexta-feira, 22, fizeram intervenções, solidarizando-se com a população e cobrando das autoridades as ações necessárias para minimizar o sofrimento dos moradores.

A deputada Fátima Canuto (PRTB) cobrou a instalação de sirenes ou setas indicativas que guiem os moradores, caso aconteça algum problema que necessite a evacuação imediata na região. “Temos que nos preocupar também com as pessoas que possuem dificuldade de locomoção – idosos, doentes e crianças – qual o plano para fazer a retirada dessas pessoas em um momento de dificuldade?”, questionou a parlamentar.

A falta de um diagnóstico apontando as causas do aparecimento das fissuras foi destaque em vários pronunciamentos. “Não sabemos se isso está sendo causado pela extração do salgema. Nós estamos vendo as autoridades se omitirem da participação, deixando as pessoas abandonadas”, declarou o deputado Galba Novaes (MDB). No mesmo sentido, a deputada Cibele Moura (PSDB) cobrou responsabilidades e um que seja dada prioridade no tratamento à população. Uma união entre os órgãos competentes foi a solicitação feita pelo deputado Marcelo Beltrão (MDB). "A soma de esforços dos entes federados: Estado, Município e Governo Federal tem que ter um comando só. Precisamos de um diagnóstico oficial”, afirmou o líder do MDB.

Após a explanação do diretor industrial da Braskem, Álvaro César, os deputados cobraram mais detalhes sobre as atividades da empresa no bairro. “Solicito que a Braskem encaminhe ao Parlamento os laudos das consultorias internacionais, acompanhados dos contratos, para que tenhamos acesso”, foi o pedido feito pelo deputado Davi Maia (DEM).

Já o deputado Inácio Loiola (PDT) denunciou a existência de especulação imobiliária no Pinheiro e pediu a entrada da Polícia Federal no caso. "Existe a suspeita de especulação imobiliária. Tem gente se aproveitando da fragilidade emocional dos moradores. Por conta disto, gostaria de pedir que a Polícia Federal acompanhe essa questão”, declarou o parlamentar.

A demora na apresentação de uma solução foi apontada pelo deputado estadual Silvio Camelo (PV). "Há mais de um ano que os poderes constituídos se reúnem e debatem, mas não avançam na identificação da causa das fissuras e rachaduras que atingem os imóveis. Há moradores na avenida Rotary, próximo ao Quartel, relatando que já estão surgindo problemas na região”, alertou o parlamentar.

Os deputados também mostraram preocupação com a chegada do inverno e, por consequência, do período chuvoso. "Eu queria que se adiantasse o prazo de entrega do relatório, porque pra junho/julho só Deus pra segurar a barra. Até lá muita coisa pode acontecer no Pinheiro”, apontou a deputada Ângela Garrote (PP). A chegada das chuvas também preocupa o deputado Yvan Beltrão (PSD). “O inverno está chegando e temos que acabar com esse jogo de empurra, tentando achar um culpado", declarou o parlamentar.

A deputada Jó Pereira (MDB) solicitou que o Parlamento indique oficialmente ao prefeito de Maceió, Rui Palmeira, que decrete estado de calamidade pública no bairro. “Em caso de decretação de calamidade, quem assumiria a coordenação dos trabalhos seria a Defesa Civil Estadual que, acredito, tem mais efetivo e tem mais experiência em casos de calamidade, como as enchentes ocorridas em 2010 em Alagoas”, completou.