Pastor João Luiz apela para o bom senso para resolver impasse entre grupos religiosos

por Comunicação/ALE publicado 02/12/2015 20h30, última modificação 02/12/2015 20h30
A disputa entre grupos religiosos, de matriz africana e evangélicos, para realização de eventos na orla de Maceió, no mesmo dia, hora e local, foi o tema do pronunciamento do deputado Pastor João Luiz (DEM) durante a sessão ordinária desta quarta-feira, 2, da Assembleia Legislativa. O parlamentar lamentou o fato e apelou ao bom senso para a solução do impasse. “Achei terrível levar uma questão dessas ao Ministério Público Estadual (MPE). Uma coisa tão fácil de resolver”, observou o Pastor.

“Estou aqui em nome do bom senso. Apelo aos evangélicos que retirem essa questão da Justiça e deixem as religiões de matriz africana realizarem suas manifestações no dia que é reservado a elas”, apelou João Luiz, ressaltando que entre os cristãos deve haver amor, união e respeito. O impasse está sendo mediado pelo Ministério Público Estadual que, no último dia 30 de novembro, reuniu os grupos, na sede das Promotorias da Capital, no Barro Duro, para decidir quem vai utilizar a orla da Pajuçara no próximo dia 8 de dezembro, data em que se comemora o Dia de Iemanjá.

“Estou em Maceió há 30 anos. E há 30 anos eu vejo aquelas comemorações de Iemanjá. Não estou dizendo que acredito ou aceito, mas vejo e respeito”, contou o Pasto João Luiz, lembrando que tradicionalmente os grupos de matriz africana celebram a data na orla de Pajuçara. No entanto, este ano, os evangélicos também reivindicam o espaço para realizar o evento “Maceió de Joelhos”.

Em aparte os deputados Rodrigo Cunha (PSDB) e Galba Novaes (PDT) contribuíram com o pronunciamento do Pastor João Luiz. Cunha contou que há quatro anos, na mesma data, em Maceió, houve um fato semelhante, que resultou em confusão no encontro dessas religiões. “É uma situação que, infelizmente, o Poder Público deveria estar inserido, mas se omitiu”, observou o tucano, lembrando que havia no Estado uma gerência afro descendente para tratar também destes assuntos, evitando que situações como aquela, não mais ocorressem.
neyder henrique saraiva lima
neyder henrique saraiva lima disse:
03/12/2015 08h27
Não creio que seja uma questão de fé e sim de pura implicância, de falta de respeito, de falta d e limites. Sempre foi comemorado dia 8 em Maceió, a festa de Yemonjá e agora querem tirar isso que se tornou quase que uma tradição, cunho cultural do estado para se fazer um evento que não tem referencia nem e tradição, história ou mandamento bíblico... absurdo .
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