Pastor João Luiz cobra melhorias na estrutura do Instituto Médico Legal
O deputado pastor João Luiz (DEM) usou tribuna da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, 25, para falar da recorrente falta de vagas nos cemitérios de Maceió e da precária estrutura oferecida pelo Instituto Médico Legal (IML) da capital alagoana. “Como é difícil morrer em Alagoas. Eu já tinha ouvido falar mil histórias, mas nunca tinha passado pelo que passei neste final de semana”, criticou.
O parlamentar disse que esteve no IML devido a morte de um amigo. Passou lá cerca de 10 horas assistindo, segundo ele, as piores cenas de desumanidade. “Não tem vaga em nenhum cemitério de Maceió, quando se consegue, ou é no cemitério de Ipioca ou em Rio Novo. Caso contrário, tem que fazer o que nós fizemos: levar o corpo para ser sepultado em União dos Palmares”, disse o deputado.
João Luiz fez questão de afirmar que não cabe nenhuma crítica aos funcionários do IML e nem ao novo governador Renan Filho. “Trata-se apenas de uma contestação. O prédio do IML está localizado em uma região perigosa, os funcionários trabalham com um cadeado na porta e o parente da vitima fica na rua esperando pra ser assaltado. É preciso construir mais IMLs no interior e humanizar o tratamento ao público noo atual”, afirmou.
O deputado relatou a história de um pai que estava tentando enterrar seu filho de apenas dois meses de idade. “Esse senhor perambulava de um lugar para outro, procurando uma vaga em um cemitério. Presenciei o desespero daquela família, que só se acalmou após eu ligar para um secretário da Prefeitura de Maceió e conseguir uma vaga no Cemitério de Ipioca”, afirmou.
Em aparte, o deputado Francisco Tenório (PMN) se solidarizou com o pronunciamento e sugeriu que, o local onde atualmente funciona o Parque da Pecuária, no bairro do Trapiche da Barra, seja transformado em cemitério. “O Parque da Pecuária está mal localizado, poderia ser transferido para as proximidades do aeroporto Zumbi dos Palmares, desobstruindo aquele local e possibilitando a ampliação do cemitério de São José”, afirmou Tenório.
Também em aparte, o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Ronaldo Medeiros (PT), informou que na semana passada esteve reunido com representantes do Governo e trataram do tema. “Em 2012 o Governo Federal encaminhou recursos para a construção do novo IML. Na ocasião foi adquirido um terreno no bairro do Tabuleiro. A questão é que não iniciaram a construção no local que foi projetado”, explicou. Medeiros disse ainda que a empresa colocou estacas para reforçar a fundação e isso encareceu a obra. “O Governo passado não quis arcar com essa despesa e a empresa parou a obra. Agora, um grupo de engenheiros foi ao local, viram o que tinha sido realizado e fizeram um acordo com a empresa, que deve retomar a construção nos próximos dias. Terá agora 240 dias para terminar a obra”, finalizou.