Pastor João Luiz denuncia precariedade no tratamento de pessoas com câncer

por Comunicação/ALE publicado 08/10/2015 17h15, última modificação 08/10/2015 17h14

A caótica situação da saúde pública no Estado, especialmente no atendimento aos pacientes diagnosticados com câncer, foi o tema do pronunciamento do deputado Pastor João Luiz (DEM) durante a sessão ordinária desta quinta-feira, 8, na Assembleia Legislativa. De acordo com o parlamentar, quem sofre com a grave doença “é mandado para morrer em casa”, pois não consegue tratamento nos hospitais conveniados com o Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, observa João Luiz, os medicamentos não estão sendo distribuídos nos postos de saúde. ´

“Os pacientes com câncer, hoje, precisam entrar na Justiça para conseguir o tratamento, e, mesmo assim, não são tratados. Eles são mandados para morrer em casa”, disse João Luiz, denunciado que, em alguns casos, os hospitais, ao invés de realizar uma cirurgia para retirada do tumor maligno, optam pela quiomioterapia, que é um procedimento muitas vezes mais caro que o cirúrgico. “A cirurgia custa R$ 300,00 e a quimioterapia pode custa, em média, R$ 1.700,00 cada aplicação”, contou o parlamentar. João Luiz informou ainda que pacientes com leucemia também não estão conseguindo tratamento em Alagoas.

Cemitérios
A superlotação e a violação de túmulos nos cemitérios alagoanos também foram abordadas pelo deputado Pastor João Luiz. Ele contou que visitou 11 municípios e seus respectivos cemitérios e pode constatar a gravidade da situação.“É um filme de terror. Para morrer você gasta de R$ 800,00 até R$ 7,5 mil”, disse o parlamentar, sugerindo a criação de um crematório público para solucionar o problema.

O deputado Dudu Hollanda (PSD), em aparte, lembrou que a questão da superlotação dos cemitérios de Maceió já era bastante discutida na Câmara de Municipal, quando ele e o Pastor João Luiz eram vereadores. “É necessário que sejam construídos novos cemitérios em Maceió. Não há mais espaço para enterrar as pessoas”, disse Hollanda.