Pastor João Luiz propõe criação de CPI para investigar serviços da Eletrobras Alagoas

por Comunicação/ALE publicado 25/08/2015 18h15, última modificação 25/08/2015 20h24

A má prestação de serviços por parte da Eletrobras Alagoas, que coloca a distribuidora como a pior do Nordeste e terceira pior do País, foi alvo de debate durante a plenária desta terça-feira, 25, da Assembleia Legislativa. O tema foi abordado inicialmente pelo deputado Pastor João Luiz (DEM), que propôs a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a fornecedora de energia do Estado. “Irei protocolar amanhã o pedido de CPI, caso consiga as sete assinaturas necessárias, para que possamos entender o que está por trás desse mau atendimento da Eletrobras/AL”, informou o parlamentar.

Durante o pronunciamento, João Luiz elencou diversos tipos de reclamações feitas por usuários da capital e do interior e cobrou explicações dos dirigentes da distribuidora. Entre as reclamações citadas estão: cobranças indevidas, péssimo fornecimento de energia elétrica, queda e falta de energia constantes e baixa no Serasa não efetuada. “Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a Eletrobras/AL é a pior do Nordeste e a 3ª pior do País na prestação de serviços”, destacou o Pastor João Luiz.

Em aparte, os deputados Inácio Loiola (PSB), Rodrigo Cunha (PSDB) e Jó Pereira (DEM) também se mostraram preocupados com o problema. Jó Pereira se comprometeu em assinar o requerimento de criaçã da CPI. Já Rodrigo Cunha observou que a forma de comunicação sobre os direitos do consumidor “são obscuras” no que diz respeito a precariedade na prestação dos serviços elétricos. “Essa forma obscura faz com que a população desconheça os seus direitos”, observou.

Por outro lado, Inácio Loila lembrou que na Legislatura passada a Casa realizou uma CPI da Eletrobras, que foi presidida pelo deputado Ronaldo Medeiros (PT) e, mesmo assim, os problemas continuam. Loiola observou que há uma forte crise no setor elétrico brasileiro, já falido. “É um problema seríssimo que o Brasil enfrenta hoje. Mais cedo ou mais tarde tudo vai parar. Não temos energia suficiente para atender a demanda da população”, avaliou Loiola.