Pastor João Luiz rebate declarações de sindicalista e volta a apontar falhas no tratamento de pacientes com câncer

por Comunicação/ALE publicado 14/10/2015 18h35, última modificação 15/10/2015 08h20

Em pronunciamento durante a sessão plenária desta quarta-feira, 14, o deputado Pastor João Luiz (DEM) rebateu as declarações do presidente do Sindicato dos Médicos (Sinmed), Wellington Galvão, que através da imprensa contestou as denúncias feitas pelo parlamentar sobre a precariedade no atendimento a pacientes com câncer. João Luiz denunciou que alguns médicos oncologistas estariam mandando os pacientes com câncer para morrer em casa e submetendo os doentes a tratamento quimioterápico, ao invés de procedimento cirúrgico, já que este paga valores defasados na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Enquanto o presidente do Sinmed ocupa a imprensa para dizer que não há problemas, a secretária Estadual de Saúde (Rozangela Wyszomirska) é transparente e diz: há problemas e estamos tentando resolver”, observou o Pastor João Luiz. “Há problemas com o preço do tratamento de Saúde? Há sim. Quem tiver dinheiro tem vaga no hospital, no momento que quiser. Quem não tem, vai esperar”, reforça o parlamentar, destacando que a gestora da Saúde alagoana reconhece a falta de acesso para o tratamento do câncer e declara que está sendo elaborado um plano estadual de oncologia.

Durante o pronunciamento, o deputado destacou matéria jornalística em que o defensor público Ricardo Mélro afirma que “sem acesso à hospital em Alagoas, doentes de câncer morrem em casa. Seres humanos estão morrendo em casa sem atendimento hospitalar. A situação é dramática e mais do que isso, desumana. A Defensoria Pública do Estado comprova o que disse aqui”, argumentou o Pastor João Luiz.

Em aparte, os deputados Léo Loureiro (PPL) e Rodrigo Cunha (PSDB) corroboraram com o pronunciamento de João Luiz. O primeiro informou que esteve na Defensoria Pública do Estado e pode constatar o grande número de ações com pedido de tratamento de saúde devido a falha no atendimento à população.

Máfia das funerárias
Também em pronunciamento na semana passada, João Luiz abordou questões relacionadas à superlotação dos cemitérios e a existência de uma "máfia das funerárias" que atua no Hospital Geral do Estado (HGE). Sobre este último assunto, o deputado reafirmou a existência da organização criminosa e que esta é do conhecimento do Ministério Público Estadual, bem como do aparelho de segurança pública.

No que se refere aos cemitérios, João Luiz disse que visitou 11 municípios e seus respectivos cemitérios e pode constatar a gravidade da situação. “Registrei tudo em fotografias e vou entregar ao Ministério Público, para que a lei seja colocada em prática”, informou o deputado, acrescentando que protocolou na Casa um projeto de lei autorizando a criação de um crematório público.