Precariedade do atendimento na Maternidade Santa Mônica é tema de pronunciamento de Rodrigo Cunha
A precariedade no atendimento às gestantes na Maternidade Escola Santa Mônica foi tema do pronunciamento do deputado Rodrigo Cunha (PSDB) durante a sessão ordinária desta terça-feira, 27, na Assembleia Legislativa. Segundo o parlamentar, as dificuldades enfrentadas pelas gestantes de alta complexidade em busca de atendimento na unidade de saúde é um fato que se arrasta ao longo dos tempos, sem que nenhuma solução seja dada. “Esse é um assunto que já me fez, diversas vezes, ir até a Secretaria de Estado da Saúde e, infelizmente, a situação é a mesma de três anos atrás quando iniciei meu mandato”, disse Cunha.
O parlamentar citou o caso recente de uma grávida de trigêmeos que perdeu os filhos devido às dificuldades em conseguir um local para atendimento de alta complexidade, em Maceió. “Tendo que se socorrer no HU (Hospital Universitário) e assim mesmo com grandes dificuldades”, observou Rodrigo Cunha, ressaltando que outras mães alagoanas enfrentam a mesma situação. “Das vezes que visitei a Santa Mônica, o foco sempre foi os 28 leitos novos que foram inaugurados em 2015, com a presença do ministro da Saúde e do governador”, contou Rodrigo Cunha, informando que da última vez em que visitou a maternidade escola, a reclamação por parte dos funcionários era a de falta de insumos e de pessoal para colocar os 28 leitos em funcionamento.
O deputado acrescenta que foi feito um chamamento de 128 novos servidores para atuarem na rede estadual de saúde e possibilitar a abertura dos leitos, no entanto a situação permanece inalterada. “Soube que essas pessoas já estão exercendo atividades em outras unidades. Esse é um assunto que merece a atenção de todos nós que queremos o bem do nosso Estado. Nessa situação, destaco todo um histórico que já foi feito para se colocar esses leitos em funcionamento a exemplo das diversas ações feitas pelos Ministérios Públicos Estadual e Federal e nada foi cumprido”, declarou Cunha, acrescentando que os Ministérios Públicos ingressaram com nova ação civil pública para garantir a abertura dos 28 leitos. “Inclusive pede o pagamento de R$ 5 milhões pelo dano moral coletivo, além da multa de R$ 100 mil para cada bebê que não receber atendimento em unidade hospitalar”, contou o parlamentar.