Pronunciamento de Bruno Toledo gera debate sobre o Estatuto do Desarmamento
O deputado Bruno Toledo (Pros) usou a tribuna da Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira, 16, para falar sobre a violência no Estado de Alagoas e no Brasil, e para pedir a aprovação do Projeto de lei 3722/12, que tramita na Câmara Federal, e pretende revogar o estatuto do desarmamento e flexibilizar as normas para o acesso ao porte de armas.
“Saímos de casa torcendo para não ser a próxima vítima. Trafegar em determinadas rodovias ou até mesmo nas cidades, depois de certo horário, passou a ser uma aventura arriscada. Um simples fim de semana numa fazenda ou na casa de praia exige cuidados elevados com a segurança, razão pela qual muitas famílias já abriram mão dessa programação, pois há muito tempo a apreensão substituiu a paz e o descanso”, afirmou.
O deputado destacou ainda que a polícia, mal treinada, mal equipada e mal remunerada, atua bravamente, mas com resultados baixos devido a tais dificuldades. ”A população, em prisão domiciliar, ressente-se com a restrição ao direito de autodefesa, imposto pelo afamado Estatuto do Desarmamento, cujo único resultado foi desarmar os cidadãos de bem e garantir tranquilidade às ações dos bandidos. Já está bem noticiada a confiança da bandidagem que, bem armada, intimida até a polícia. Já constatamos a incapacidade da polícia em oferecer segurança efetiva a todos, em todas as horas e em todo lugar, seja aqui ou em qualquer outra parte do mundo”, destacou.
O parlamentar disse ainda que quando há maior equilíbrio de forças, numa eventual investida criminosa, como ameaça ou ataque efetivo contra um cidadão, o risco para o agressor se torna maior quando a vítima possui uma arma. “O efetivo risco para o agressor gera o efeito psicológico chamado ‘percepção de risco’ e essa percepção inibe o cometimento de crimes violentos", afirmou.
Em aparte, o deputados Marcelo Victor (PSD) associou-se ao pronunciamento de Bruno Toledo e disse que o Estatuto do Desarmamento é uma legislação que cria castas entre os cidadãos. Já a deputada Jó Pereira (PMDB) disse que não é armando a população que se diminui a violência, mas que o importante é o cidadão ter seus direitos garantidos, principalmente a Educação. O deputado Dudu Hollanda (PSD) destacou o caráter polêmico da questão e evidenciou que nem todo cidadão tem condições psicológicas para portar uma arma de fogo.